Banca de DEFESA: POLIANNE ANGELLA OLIVEIRA FIGUEIREDO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : POLIANNE ANGELLA OLIVEIRA FIGUEIREDO
DATA : 28/04/2023
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma virtual Google Meet
TÍTULO:

COMPARAÇÃO DA FUNCIONALIDADE ENTRE MULHERES BRASILEIRAS COM E SEM DISFUNÇÃO SEXUAL: Um estudo transversal


PALAVRAS-CHAVES:

Disfunções Sexuais Fisiológicas. Sexualidade. Mulher. CIF


PÁGINAS: 110
RESUMO:

Introdução: A sexualidade humana é multifatorial e depende da integração de determinantes psicológicos, biológicos, relacionais e socioculturais. Assim, a disfunções sexuais e os fatores relacionados a ela podem impactar a funcionalidade de mulheres em idade reprodutiva. Objetivo: Comparar a funcionalidade entre mulheres adultas brasileiras, em idade reprodutiva, cisgênero e heterossexuais com e sem disfunção sexual. Para fins de apresentação da dissertação, foram construídos 3 artigos com os seguintes objetivos: ARTIGO 1 - analisar a associação entre presença autopercebida de disfunções sexuais e os resultados do FSFI, bem como entre a idade cronológica e as a função sexual de mulheres brasileiras, cisgêneros e heterossexuais em idade reprodutiva. ARTIGO 2 - identificar a prevalência de disfunções sexuais, comparar a funcionalidade entre mulheres brasileiras com e sem disfunção sexual e analisar a associação entre alterações da funcionalidade e presença de disfunção sexual (DS). ARTIGO 3 - Estimar a chance de ocorrência de alterações da funcionalidade, considerando a presença de disfunção sexual, autopercepção sobre a qualidade da vida sexual, conhecimento sobre a resposta sexual feminina, informação sobre disfunções sexuais e idade. Metodologia: Estudo analítico transversal. O protocolo de pesquisa foi autoaplicável e online (Google Forms), constando de Ficha de caracterização, do Índice de Função Sexual Feminino (FSFI) e do WHO Disability Assessment Schedule (WHODAS 2.0). Participaram do estudo as mulheres que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: ter entre 18 e 49 anos; ser sexualmente ativas há, pelo menos, 4 semanas; se identificassem como mulheres cisgênero e de orientação heterossexual e ter acesso à internet. O armazenamento e tratamento estatísticos dos dados foi realizado usando-se o SPSS (versão 20.0, IBM). A técnica de bootstrapping foi utilizada para adequar as variáveis quantitativas ao pressuposto de distribuição paramétrica e o nível de significância adotado foi de p<0,05. ARTIGO 1 – Participaram 285 mulheres. Para análise dos dados foram utilizados os seguintes testes: teste de Qui-quadrado de independência (χ2) para analisar a associação entre presença autopercebida de disfunção sexual (DS) e presença de DS, segundo o FSFI. O teste de correlação de Pearson foi usado para investigar a relação entre idade e a função sexual (FSFI). ARTIGO 2 - A amostra final foi constituída por 285 participantes, divididas em Grupo Controle (GC, sem disfunção sexual, n= 168) e Grupo de Estudo (GE, com disfunção sexual, n= 117). Foram utilizados teste T de Student para amostras independentes com correção de Welch e teste do Qui-quadrado (χ2). ARTIGO 3 – A amostra contou com 307 mulheres divididas em Grupo Controle (GC, sem disfunção sexual, n= 186) e Grupo de Estudo (GE, com disfunção sexual, n= 121) Para análise dos dados foi utilizado o Teste T de Student para amostras independentes com correção de Welch para a comparação da funcionalidade entre mulheres com e sem disfunção sexual em seguida foi realizada uma regressão logística binária, com método Enter, para analisar quais variáveis, relacionadas à função sexual poderiam prever alterações na funcionalidade. Resultados: ARTIGO 1 (n=285) - Participaram desta pesquisa mulheres com idade média de idade foi de 29,57±7,11 anos. Obteve-se associação moderada (V de Cramer = 0,59) entre a presença autopercebida de disfunção sexual e o diagnóstico gerado pela aplicação do FSFI (χ2(2) = 91,50; p<0,001). Observou-se correlação fraca, negativa e estatisticamente significativa entre idade e o domínio desejo do FSFI (r= -0.12; p=0.03; r2=1.44). ARTIGO 2 (n=285) - Em relação à prevalência e tipos de disfunções, as mais recorrentes foram: desejo hipoativo (27%), alterações na excitação (22,8%), disorgasmia (21,1%) e dispareunia (18,6%). Observou-se que, mulheres com disfunção sexual apresentam maior impacto da funcionalidade quando comparadas àquelas sem disfunção (p=0,001; IC95% [7,50 a 14,77]). Há diferenças significativas em todos os domínios do WHODAS 2.0, destacando-se, as “relações interpessoais”, a “cognição” e a “participação”.  ARTIGO 3 (n=307) – Mulheres sem e com disfunção sexual apresentam impacto de grau leve na funcionalidade. Entretanto, aquelas com disfunção apresentam maiores escores (geral e por domínio) do WHODAS, quando comparadas às sem disfunção sexual (p=0,001; [CI95%: 7,02 a 14,04]). O modelo de predição para alteração da funcionalidade nas participantes foi estatisticamente significativo (X2(4)=28,25; p<0,001), sendo capaz de prever adequadamente 62,2% dos casos. Mulheres com boa autoavaliação da QVS têm 27% menos chances de apresentar alterações da funcionalidade, em relação àquelas com uma autoavaliação ruim da vida sexual (Exp(B)=0,27 [IC95%= 0,15 a 0,48]). Conclusão: ARTIGO 1 - Mulheres que autopercebem a presença de disfunção sexual (DS) têm 68% mais chances de, de fato, apresentarem DS quando avaliadas pelo FSFI. Observou-se que, com o avançar da idade há uma diminuição da função sexual, no que diz respeito à fase do desejo. ARTIGO 2 - Quando comparadas às mulheres sem DS, aquelas que apresentam disfunção têm maior impacto da funcionalidade geral, com destaque para as relações interpessoais, cognição e participação. Obteve-se associação fraca entre alteração da funcionalidade geral (e por domínio) e a presença de disfunção sexual. Porém, observou-se que, mulheres com disfunção sexual, têm de 43% a 78% mais chances de apresentarem alterações na funcionalidade, em relação àquelas sem disfunção. ARTIGO 3 - Mulheres com boa autoavaliação da Qualidade de Vida Sexual têm 27% menos chances de apresentar alterações da funcionalidade, em relação àquelas com uma autoavaliação ruim da vida sexual, independente da situação conjugal, do conhecimento sobre disfunção sexual e sobre a resposta sexual feminina.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1032531 - ALINE BRAGA GALVAO SILVEIRA FERNANDES
Interna - 1242804 - ADRIANA GOMES MAGALHAES
Externa à Instituição - ISABELLE EUNICE DE ALBUQUERQUE PONTES MELO LEITE
Notícia cadastrada em: 26/04/2023 15:03
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa06-producao.info.ufrn.br.sigaa06-producao