IDENTIFICAÇÃO DAS VARIANTES PATOGÊNICAS DO CFTR POR NEXT GENERATION SEQUENCING EM CRIANÇAS BRASILEIRAS COM FIBROSE CÍSTICA
Next generation sequencing; gene CFTR; variantes raras; perfil de fenótipos
Objetivo: Identificar o espectro de variants patogênicas em pacientes com fibrose cística (FC) e descrever suas características fenotípicas-genotípicas. Nós também procuramos apresentar como uma avaliação de rotina para expor uma possível mutação rara ainda não descrita nos bancos de dados da FC.
Desenho de estudo: Recrutamos 31 pacientes com idades de 1-37 anos que não possuíam diagnóstico genético molecular, a fim de executar a análise de mutações do CFTR através do next-generation sequencing (NGS) e para detectar novas variações de nucleotídeos. Associamos dados clínicos e de diagnóstico com os teste genético para introduzi-lo como uma avaliação de rotina.
Resultados: A mediana de idade ao diagnóstico foi de 4 ± 4.4 anos, embora 26 (83.8%) tenham iniciado sintomas aos 7 meses de idade. Oito (25.8%) era consanguíneos. Treze (41,9%) tinha antropometria inadequada ao diagnóstico. Vinte e três (74.2%) já apresentavam Pseudomonas aeruginosa (PA) no citobacteriológico de escarro inicial. O NGS confirmou o diagnóstico em 29 (93.5%) pacientes. A análise mutacional resultou em 23 (74.1%) pacientes com p.Phe508del - 18 p.Phe508del homozigotos e 5 heterozigotos. Sete outras variants raras foram encontradas: p.Ser4*, p.Trp1282*, c.2989-3C>G, p.Trp1089*, p.Ser364Metfs*7, p.Gly542*, p.Gln685Thrfs.
Conclusão: A tecnologia de NGS permitiu o reconhecimento da p.Phe508del como a mutação mais comum, que causa um fenótipo mais grave. Além disso, o NGS divulgou uma variante nunca antes descrita em relação a sua mudança na proteína CFTR, a p.Ser364Metfs*7. Esta técnica poderia ser introduzida como uma avaliação de rotinaas logo após um IRT e/ou SCT alterados a fim de classificar pacientes para novas terapias moduladoras e melhor manejo dos nossos atuais e futuros pacientes com FC.