Banca de QUALIFICAÇÃO: GABRIELA SANTANA PEREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GABRIELA SANTANA PEREIRA
DATA : 02/03/2020
HORA: 15:00
LOCAL: Departamento de Nutrição
TÍTULO:

Risco de Síndrome Metabólica em Trabalhadores de empresas vinculadas e não vinculadas ao Programa de Alimentação do Trabalhador


PALAVRAS-CHAVES:

Política Pública; Trabalhadores; Fatores de Risco Cardiovascular, Síndrome Metabólica, 


PÁGINAS: 20
RESUMO:

Introdução: Estudos anteriores mostraram que trabalhadores de empresas beneficiárias do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), única Política Pública de Segurança Alimentar e Nutricional voltada para este público, apresentavam maior frequência de sobrepeso, obesidade e maior circunferência da cintura (CC) que trabalhadores não abrangidos pelo PAT. Sendo a CC um importante marcador de risco cardiovascular, colocou-se a hipótese de trabalhadores cobertos pelo PAT terem maior prevalência de Síndrome Metabólica (SMet).

Objetivo: Comparar a prevalência de SMet entre trabalhadores de indústrias de transformação vinculadas e não vinculadas ao PAT.

Métodos: Estudo transversal, prospectivo, com amostragem probabilística baseada em amostragem multiestágios (empresas em cada setor e trabalhadores em cada empresa) estratificada por setor de atividade da indústria (alimentos e bebidas, têxtil, e minerais não metálicos) e porte da empresa (pequena, média, e grande). Em cada trabalhador foram coletados dados demográficos, antropométricos, pressão arterial e coletado sangue para determinação de glicemia e lipidograma. Os dados foram analisados separadamente para cada sexo com regressão logística de efeitos mistos com a presença de SMet e de cada componente individual como variáveis dependentes, e grupo (PAT e não PAT), porte da empresa e variáveis dos trabalhadores como fatores fixos, e setor e empresa como fatores aleatórios, incluindo ponderações de amostragem e estrutura de correlação independente.

Resultados: Foram entrevistados 674 trabalhadores de 33 empresas, sendo 332 (49,3%) do grupo PAT (16 empresas) e 342 (50,7%) do grupo não PAT (17 empresas). Dentre as características socioeconômicas e biodemograficas, os homens do grupo PAT apresentaram maior nível de escolaridade (74,1% > ensino fundamental versus 52,6% no grupo não PAT, p = 0,04) e qualificação profissional (32,7% com formação na empresa versus 14,3% no grupo não PAT, p = 0,05), enquanto as mulheres possuíam maior escolaridade (73,5% versus 47,9% no grupo não PAT, p = 0,05) e renda (44,3% acima do salário mínimo versus 31,1% no grupo não PAT, p = 0,01). Nos trabalhadores do sexo masculino, a prevalência de SMet foi significativamente maior no grupo PAT (33,6% versus 26% no grupo não PAT, p = 0,034). Os componentes da SMet que diferiam entre os grupos foram CC aumentada >80 cm nas mulheres e >94 cm nos homens), com prevalências de 52,6% e 31,5% no grupo PAT e não PAT, respectivamente (p=0,02), e hiperglicemia (>100 mg/dL), com prevalências de  7,1% e 7,8%, respectivamente, no grupo PAT no grupo não PAT (p=0,02). No sexo feminino não se observou evidência de diferenças entre os grupos PAT e não-PAT na prevalência de SMet ou de seus componentes.

Conclusão: Nossos resultados mostram a SMet foi mais prevalente entre os trabalhadores grupo PAT, que também apresentaram circunferência da cintura mais aumentad. O grupo não PAT apresentou maior prevalência de níveis elevados de glicemia de jejum. Estes resultados complementam os de estudos anteriores que encontraram maior prevalência de sobrepeso em trabalhadores de empresas aderentes ao PAT.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2087759 - ANDRE DUCATI LUCHESSI
Presidente - 1048067 - ANTONIO MANUEL GOUVEIA DE OLIVEIRA
Externa ao Programa - 4659679 - SANCHA HELENA DE LIMA VALE
Notícia cadastrada em: 21/01/2020 10:21
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