Banca de DEFESA: ELISÂNGELA TAVARES DIAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELISÂNGELA TAVARES DIAS
DATA: 10/06/2013
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório "A" do CCHLA
TÍTULO:

EM CANTOS DE REIS: A TRADIÇÃO DISCURSIVA NOS AUTOS DE NATAL


PALAVRAS-CHAVES:

 Auto Natalino. Tradição Discursiva. Formulaicidade. Atos de Fala. Canto. Performance.

 

 


PÁGINAS: 162
GRANDE ÁREA: Lingüística, Letras e Artes
ÁREA: Lingüística
SUBÁREA: Lingüística Histórica
RESUMO:

Este estudo incorpora diversas áreas do conhecimento ao campo da linguística, uma vez que centra a historicidade social dos autos brasileiros e potiguares, a partir de duas propostas analíticas: a presença das fórmulas linguísticas, em sua macroestrutura, dentro do paradigma das tradições discursivas, seguindo Kabatek (2006), Koch e Oesterreicher (2007), e a teoria dos atos de fala, em sua microestrutura, propostos por Austin (1990) e Searle (1995). Com Zumthor (1993; 1997; 2000; 2005; 2010), aludimos a ideia de movência textual, evidenciando que o texto sempre sofre mudanças considerando a performance e recepção nos usos da linguagem. A partir desse arcabouço teórico, centramo-nos no trinômio fórmulas linguísticas, oralidade e performance a fim de descrever as dinâmicas de permanência, variação e mudança que se estabelecem nesses textos e evidenciamos ainda como as relações extralinguísticas socio-históricas e culturais influenciam em sua composição. Tal discussão, mais precisamente, instala-se na Análise do Texto, ao realçarmos a tradição da oralidade como suporte linguístico. O texto, por sua vez, efetiva-se como evocação, motivados pela transmissão, recepção, e movência, a partir de sua conservação e reiteração. Naturalmente, optamos por um suporte metodológico baseado na pesquisa quali-quantitativa, evidenciado por Flick (2009), que respalda o corpus composto por cantos de Folias de Reis brasileiras e de Bois de Reis potiguares. Desse modo, observamos as dinâmicas da linguagem subjacente à tradicionalidade que se efetiva pelo uso de uma memória social partilhada. Na cosmovisão da religiosidade popular, em que as atividades mnêmicas têm um caráter didático, a memória é “partilhada, reelaborada, e, ressignificada em um constante processo de movência e nomadismo” (SÁ JÚNIOR, 2009) a partir de duas dimensões: na primeira, evoca a sacralização (religiosa), em que erige a devoção à histórica bíblica; na segunda, a dessacralização com valores identitários e ideológicos, constituintes culturais de um povo. O canto demonstra, nesse impulso lúdico, uma atividade contextualizada, que resulta na seguinte conclusão: os processos de mudança e permanência nas macro e microestruturas textuais dos cantos ocorrem, ao mesmo tempo, pelo ajustamento ao uso do texto cumprindo uma função político-social e outra ético-pedagógica; em tese, são as relações sociais que avivam a tradicionalidade e esta, por sua vez, evoca a movência e o nomadismo no texto.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - BELIZA ÁUREA ARRUDA MELO - UFPB
Presidente - 1723874 - LUCRECIO ARAUJO DE SA JUNIOR
Interno - 1149420 - MARIA DA PENHA CASADO ALVES
Externo à Instituição - RITA DIANA DE FREITAS GURGEL - UFERSA
Interno - 1673309 - SULEMI FABIANO CAMPOS
Externo à Instituição - VALÉRIA SEVERINA GOMES - UFRPE
Notícia cadastrada em: 24/05/2013 17:55
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