Banca de DEFESA: FABIANA SILVA SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FABIANA SILVA SANTOS
DATA : 19/05/2017
HORA: 10:00
LOCAL: Auditório D do CCHLA
TÍTULO:

FORMAS VERBAIS DO FUTURO DO SUBJUNTIVO EM PORTUGUÊS E EM ESPANHOL: Uma análise comparativa.


PALAVRAS-CHAVES:

Futuro do subjuntivo ; Orações subordinada temporal e condicional ; Linguística Funcional ; Português do Brasil; Espanhol da Espanha


PÁGINAS: 143
RESUMO:

Considerando que o português e o espanhol são línguas oriundas do latim falado e que em português o futuro do subjuntivo (FS) é empregado na linguagem moderna padrão (CUNHA e CINTRA, 2003; BECHARA, 2015, MATEUS et al., 2013), enquanto em espanhol foi substituído na estrutura condicional pelo presente do indicativo (PI) e na temporal pelo presente do subjuntivo (PS) na maioria dos contextos atuais de uso (NGLE, 2009; TORREGO, 2002; SALDANYA, 1999; GUTIÉRREZ, 1999; MONTOLÍO,1999), esta dissertação visa descrever e analisar de forma comparativa as formas verbais que codificam o FS empregadas em orações adverbiais condicionais introduzidas por se/si e em temporais introduzidas por quando/cuando na escrita de editoriais dos jornais online o Estadão de São Paulo em português do Brasil (PB) e El País em espanhol da Espanha (EE). O objetivo desse estudo é indicar as semelhanças e os contrastes inerentes ao uso das formas verbais que codificam o FS em contexto de futuro, considerando fatores como: tipo de oração, posição da prótase em relação à apódose, formas verbais que codificam o FS e tipo de modalidade (epistêmica ou deôntica). Em relação à fundamentação teórica, para a definição e emprego do FS foram revisitadas as abordagens normativa (CUNHA E CINTRA, 2003; BECHARA, 2015; TORREGO, 2002), descritiva (PERINI, 2000; NGLE, 2009; BOSQUE Y DEMONTE, 1999) e funcional (MATEUS et al., 2013; NEVES, 2011). A definição de modalidade está fundamentada no funcionalismo de vertente norte-americana, mais precisamente de Givón (1993, 1995; 2001; 2002), para a qual as concepções de modo e modalidade são compreendidas em uma visão além da categoria morfológica do verbo, levando em consideração a interação do contexto na situação comunicativa. Esta pesquisa apresenta uma análise sincrônica de língua de caráter qualitativo a fim de verificar as hipóteses levantadas, assim como de elaborar algumas generalizações relacionadas às formas verbais que codificam o FS; e também quantitativa afim de, por meio dos resultados obtidos, comparar os aspectos específicos das ocorrências concernentes aos fatores elencados contrapondo-os a outras pesquisas que abordam o FS. Os resultados obtidos neste estudo ratificam as regras estabelecidas nas gramáticas consultadas as quais confirmam o emprego do FS em condicionais e em temporais em PB, assim como do PS nas temporais e do PI nas condicionais em EE. Pesquisas anteriores acerca do FS também revelam maior ocorrência do FS em contexto de futuro em orações subordinadas condicionais e temporais em PB, bem como o não emprego do FS em EE, além da maior ocorrência da modalidade epistêmica e da posição anteposta das orações. Em síntese, esta pesquisa mostra que o PB e o EE codificam o FS em contexto de futuro de maneira particular. Além disso, constatou-se que os fatores discursivo-pragmáticos bem como os sintáticos não apresentam diferenças significativas que possam explicar o emprego de formas verbais distintas entre as línguas em análise. Dessa maneira, depreende-se que a explicação para a diferença na codificação do FS entre PB e EE possa ser encontrada em uma análise diacrônica do fenômeno linguístico ora apresentado.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CARLOS FELIPE DA CONCEIÇÃO PINTO - UFBA
Interno - 021.613.369-67 - MARCO ANTONIO MARTINS - UFSC
Presidente - 1298209 - SHIRLEY DE SOUSA PEREIRA
Notícia cadastrada em: 05/05/2017 17:24
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