AUTOAVALIAÇÃO: UMA PROPOSTA PARA A APRENDIZAGEM DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO MÉDIO
Palavras-chave: autoavaliação; estudante; aprendizagem; participação; língua inglesa.
Este trabalho é resultado de um estudo sobre o uso da autoavaliação nas aulas de língua inglesa a partir de duas perspectivas: como estratégia de aprendizagem (O’MALLEY; CHAMOT, 1990) de línguas estrangeiras e como uma forma de promover a participação do estudante no processo de ensino-aprendizagem-avaliação, possibilitando-lhe mais autonomia (ALVES, 2004; SOARES, 2007) na construção de sua aprendizagem. Para tanto, adotamos neste estudo os conceitos de autoavaliação enquanto ferramenta para autorregulação dos saberes (BANDURA, 1977; BLANCHE; MERINO, 1989; DUKE; SANCHEZ, 1994; SOARES, 2013) e para promoção da aprendizagem (ELLIS, 2001; BLACK; WILLIAN, 2006; FERREIRA, 2007; PAIVA, 2012). A investigação desenvolveu-se com vinte e seis estudantes de uma escola pública na cidade de Natal, capital do Rio grande do Norte, e usou como método a pesquisa-ação (ELLIOT, 2005), sob a abordagem da pesquisa pedagógica qualitativa (LANKSHEAR; KNOBEL, 2008; SILVERMAN, 2010). O principal objetivo do estudo foi, a partir da implementação da prática da autoavaliação na disciplina de língua inglesa da escola pesquisada, analisar os efeitos dessa implementação enquanto uma estratégia para a promoção da aprendizagem desse idioma dentro da escola e fora dela e contribuir com a área de estudos da linguagem a partir da elaboração de um protótipo de autoavaliação adaptável às realidades das escolas públicas brasileiras. Os resultados alcançados apontam para a confirmação de nossa tese, de que a autoavaliação configura-se como uma estratégia prática e eficaz de auxílio ao estudante de Ensino Médio no desenvolvimento da aprendizagem de língua inglesa e na sua inserção no processo de ensino-aprendizagem-avaliação de forma autônoma e consciente, pois destacam que a autoavaliação pode fornecer indicativos de presença ou ausência de aprendizagem da língua estudada; pode ser promotora da participação estudantil no processo de aprendizagem; e pode gerenciar as ações de aprendizagem individuais dos aprendizes.