Banca de DEFESA: BEATRIZ FERREIRA BARBALHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BEATRIZ FERREIRA BARBALHO
DATA: 25/08/2015
HORA: 14:30
LOCAL: Auditório de Psicologia
TÍTULO:

O (RE)ENCONTRO COM A ESPIRITUALIDADE FEMININA NA GESTAÇÃO E NO PARTO: SIGNIFICADOS E IMPLICAÇÕES PARA UM CUIDADO HUMANIZADO


PALAVRAS-CHAVES:

humanização do parto, sagrado feminino, cuidado, espiritualidade, hermenêutica


PÁGINAS: 228
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Psicologia
RESUMO:

A busca por caminhos mais respeitosos no gestar e parir, vivida desde os anos 50 e que tenta se consolidar na atualidade com o movimento de ‘Humanização do Parto’, parece contribuir em novas subjetivações da feminilidade e corporeidades, estando as vivências de cunho espiritual nesses momentos cada vez mais relatada pelas mulheres. Nesta direção, buscamos compreender a presença de dimensões da espiritualidade e do sagrado feminino na vivência da gestação e parto, e suas contribuições para um cuidado humanizado, por meio de uma pesquisa de natureza qualitativa utilizando como instrumento metodológico a entrevista em profundidade e oficina com utilização de técnicas expressivas e projetivas. Para análise interpretativa das narrativas recorremos à Hermenêutica-dialética. A partir do diálogo com as narrativas chegamos aos seguintes eixos temáticos: 1) Espiritualidades: compreendendo seus significados; 2) Caminhos para um cuidado humanizado na gestação e no parto: concepções e percursos; 3) A espiritualidade na gestação e no parto: um reencontro com o sagrado feminino? Nas narrativas das mulheres, Espiritualidade é uma dimensão interna do ser expressa como força invisível e imensurável, e como conexão com o Eu verdadeiro manifesto no sagrado em relação com o divino (interno) e com a vida (transcendente). Suas concepções sobre um parto humanizado o definem a partir de características como respeito, acolhimento e informação; sendo também adjetivado como um parto natural, relacionado à assistência hospitalar. Em suas vivências, algumas mulheres encontraram aproximação com suas concepções, pelo respeito e acolhimento presentes; e outras não. As Deusas do Parto esculpidas pelas mulheres nos revelou os arquétipos e significados espirituais vividos por elas em suas gestações e partos, a partir dos quais foi possível apreendermos alguns recados para a humanização desses momentos: A Deusa do Tempo mostra a necessidade do respeito ao ritmo interno de cada mulher; a Deusa da Purificação diz que é preciso acolher as sombras que vêm à tona na gestação e no parto; a Deusa do Crescimento fala do acolhimento ao arquétipo da Filha, que se tornar Mãe, durante os momentos duais inerente ao maternar; a Deusa Medusa diz da dor do parto que é aliada, sugerindo uma educação que estimule a consciência corporal; a Deusa Ísis mostra a possibilidade de unir feminino e masculino em busca da unidade e da manifestação da sabedoria interna de cada mulher; e a Deusa do Sussurar nos indica a necessidade de um Cuidado na gestação e parto que insira a dimensão espiritual do ser. A espiritualidade se mostra como uma porta para o re-encontro com um poder interno que habita o corpo feminino e que se manifesta como uma espiritualidade corporificada no útero gravídico e no corpo que pare, o que denominamos Espiritualidade Feminina, entendida aqui como sinônimo de Sagrado Feminino. Este estudo ao defender que a assunção da espiritualidade na gestação e no parto pode ser um caminho para a efetivação de um parto humanizado e integral, arrisca sugerir que a psicologia e as práticas do cuidado em saúde possam também (re)encontrar-se com essa dimensão, o que poderá contribuir para um saber-fazer que inclua o espiritual ao cuidar das dores e alegrias de outro ser.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA MARIA COUTINHO DE SALES - UFPB
Presidente - 1149551 - GEORGIA SIBELE NOGUEIRA DA SILVA
Externo ao Programa - 2704485 - MARLOS ALVES BEZERRA
Notícia cadastrada em: 20/08/2015 10:51
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