CARACTERIZAÇÃO CIRCADIANA DA ACUMULAÇÃO E DA UTILIZAÇÃO DOS CARBOIDRATOS NÃO ESTRUTURAIS EM Erythrina velutina DURANTE O ESTABELECIMENTO TARDIO
Açúcares solúveis, amido, crescimento da plântula, partição de carbono, relação fonte-dreno, transição heterotrofia-autotrofia
A dinâmica dos carboidratos não estruturais foi caracterizada em escala circadiana nos diferentes órgãos da plântula de Erythrina velutina durante o estabelecimento tardio. As sementes foram incubadas em condições controladas por 9 dias e as plântulas foram então crescidas hidroponicamente em casa de vegetação por 8 dias. As trocas gasosas foram mensuradas nas folhas cordiformes a cada 2 h durante o dia (12 h) e as plântulas foram coletadas a cada 4 h durante o ciclo dia-noite (24 h) para acessar os conteúdos de carboidratos não estruturais e as atividades de amilases e invertases. A taxa líquida de fotossíntese foi altamente sincronizada com a taxa de transpiração sob alta irradiância, quando as folhas cordiformes assumiram a posição paraheliotrópica e a eficiência do uso da água foi aumentada. O conteúdo de carboidratos não estruturais nos órgãos fotossintéticos apresentou um padrão diário de variação, no qual o ciclo síntese-degradação do amido operou distante da depleção ao amanhecer. Nos órgãos heterotróficos, entretanto, alterações no conteúdo de amido ao longo de 24 h podem ter mantido o aporte de açúcares solúveis, tamponando as flutuações transientes na disponibilidade de carbono. Embora pareça que a atividade de amilases não seja influenciada pelo ritmo circadiano nos diferentes órgãos da plântula, a atividade de invertases apresentou um padrão diário de variação nas folhas e nas raízes.