Uso de rejeito do beneficiamento de granito para substituição parcial de
um solo em camadas de pavimentação.
Rejeito de granito; Substituição parcial; Solo; Pavimentação; CBR e
Orçamento.
A poluição gerada pela atividade mineradora é uma das principais pautas
em discussão na sociedade atual. O motivo da preocupação mundial resulta
das consequências sofridas pelo Planeta, incitando a adoção de medidas
eficazes e menos prejudiciais ao meio ambiente. No contexto local,
destaca-se os problemas ambientais causados pelo rejeito gerado na etapa
de beneficiamento do granito. O rejeito utilizado neste trabalho provém de
uma jazida na região do Seridó potiguar, localizada entre os municípios de
Caicó/RN e São Fernando/RN. O objetivo do estudo visa a substituição
parcial do solo local, incorporando o rejeito granítico, nas proporções de
10%, 20% e 30% às misturas finais das camadas de pavimentação. Foram
desenvolvidos ensaios no Laboratório de Solos da UFRN e CTGÁS-ER,
para aferir as propriedades mineralógicas, físicas e mecânicas. Os
resultados mostraram que apenas a amostra com 10% de rejeito de granito
(AM03) foi eficiente para os três tipos de camadas de pavimentação (base,
sub-base e subleito). As análises das demais amostras apresentaram
ressalvas nos resultados do CBR ou em relação à expansão. Além disso,
avaliou-se os resultados de uma simulação relacionada a viabilidade
econômica da amostra que obteve o melhor desempenho, a partir dos
custos de uma obra rodoviária licitada pela Superintendência de
Infraestrutura – INFRA/UFRN. A substituição do solo nas camadas de
subleito e base, pelo material contabilizado a custo zero, provocou uma
redução inferior à 1% do valor total da obra. Apesar da substituição parcial
do solo pelos 10% de rejeito apresentar redução de custo pouco
significativa, defende-se a sua incorporação à mistura final por esta trazer
benefícios ambientais sem onerar o valor global da obra.