Banca de DEFESA: CARLOS EDUARDO PEREIRA DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CARLOS EDUARDO PEREIRA DO NASCIMENTO
DATA : 23/04/2021
HORA: 14:00
LOCAL: Videoconferência via Google Meet
TÍTULO:

CIDADES MÉDIAS, INTERAÇÕES ESPACIAIS E DESENVOLVIMENTO REGIONAL: UM OLHAR PARA O ESTADO DO CEARÁ


PALAVRAS-CHAVES:

Ceará. Cidades Médias. Desenvolvimento Regional. Multiescalaridade.


PÁGINAS: 147
RESUMO:

As repercussões da globalização no mundo trouxeram transformações em larga escala e em toda parte. Seus processos indicaram a imposição à lógica de fluxos e em rede e descontinuidades ou fragmentações dos espaços, além de novas interpretações sobre a questão regional. A evidência das disparidades intra e inter-regionais trouxe à tona o desigual desenvolvimento historicamente intrínseco ao capitalismo. Nessa perspectiva, observa-se a complexidade do que é cidade e do que vem a se transformar sob a égide das transformações promovidas pelo ser humano e pelo capital. Nesse contexto, surgem novos papeis e valores desempenhados pelas cidades e suas respectivas regiões, bem como importa identificar as novas funções urbanas e as novas interações espaciais que delas derivam, particularmente, as relações cidade-região e interurbanas. Assim, a discussão sobre cidades médias se apresenta como uma ferramenta complexa das novas relações econômico-espaciais. Destarte, se faz presente nos debates sobre planejamento urbano e regional, o que a atribui uma importância significativa nos estudos contemporâneos. Logo, auferem novos papeis na lógica espacial contemporânea ampliando seu papel articulador multiescalar dos territórios. Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo geral analisar as cidades médias cearenses enquanto agentes fundamentais no processo de promoção do desenvolvimento regional em suas áreas de influência numa perspectiva multiescalar. A metodologia tem base bibliográfica, fazendo uso dos métodos exploratório e descritivo com análise quali-quantitativa. O período de análise compreende as duas décadas do século XXI. O lócus de pesquisa é o estado do Ceará. A classificação e o critério estabelecidos para definir as cidades médias compreendem aquelas que possuem entre 75.000 e 500.000 habitantes, tendo como hipótese norteadora a existência de cidades médias com números populacionais inferiores e com capacidade suficiente de exercer as mesmas funções que uma cidade média classificada pelo IBGE, salientando suas funcionalidades urbanas e regionais, tais como Picos-PI e Pau dos Ferros-RN. Destarte, foram definidas 11 cidades, a saber: Canindé, Crateús, Crato, Iguatu, Itapipoca, Juazeiro do Norte, Quixadá, Quixeramobim, Russas, Sobral e Tianguá. A justificativa para uso desta classificação parte do pressuposto de que a questão populacional não mais norteia uma cidade a apresentar funções e papeis complexos de intermediação ou centros regionais para além da região da metrópole. Ademais, a despeito de Caucaia, Maracanaú, Maranguape, Pacatuba e Aquiraz contemplarem o critério estabelecido, não estarão no escopo deste estudo, pois estão inseridas na Região Metropolitana de Fortaleza, a qual apresenta uma forte concentração da estrutura produtiva do Estado e, em detrimento disto, não exercem características intrínsecas a cidade média. Conclui-se, portanto, que as cidades médias analisadas têm mecanismos para promover a regionalização do desenvolvimento, sendo pontos estratégicos e, no caso de algumas delas, já consolidados enquanto espaços de promoção às políticas de desenvolvimento regional, cada qual com suas dimensões espaciais. Além disso, algumas pesquisas que antecedem o REGIC 2007 (2008) já atestavam que algumas dessas cidades poderiam ser caracterizadas como cidades médias.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2177279 - DENILSON DA SILVA ARAUJO
Externo à Instituição - FRANCISCO DO O DE LIMA JÚNIOR - URCA
Presidente - 1205069 - WILLIAM EUFRASIO NUNES PEREIRA
Notícia cadastrada em: 29/03/2021 10:35
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