Banca de DEFESA: MIKHAIL SANTOS CERQUEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MIKHAIL SANTOS CERQUEIRA
DATA : 18/06/2021
HORA: 08:30
LOCAL: REMOTO
TÍTULO:

 

APLICAÇÕES DAS MODALIDADES DE RESTRIÇÃO DE FLUXO SANGUÍNEO EM DIFERENTES DESORDENS MUSCULOESQUELÉTICAS: ASPECTOS FISIOLÓGICOS, METODOLÓGICOS E CLÍNICOS



PALAVRAS-CHAVES:

 

oclusão vascular parcial; pré-condicionamento isquêmico; desuso; dano muscular induzido por exercício; osteoartrite de joelho; reabilitação



PÁGINAS: 250
RESUMO:

CONTEXTUALIZAÇÃO: Desordens musculoesqueléticas são comuns e podem comprometer o desempenho físico, a função física e a qualidade de vida. Dentre as intervenções que podem ser utilizadas no manejo das desordens musculoesqueléticas, as modalidades de restrição de fluxo sanguíneo (RFS) vêm ganhando espaço na literatura científica. OBJETIVOS: O objetivo geral desta tese de doutorado foi investigar os aspectos fisiológicos, os métodos de prescrição e as aplicações clínicas de diferentes modalidades de RFS. MÉTODOS E RESULTADOS: As modalidades de RFS consideradas foram a RFS sem exercício concomitante (RFS passiva), a RFS pré-exercício (pré-condicionamento isquêmico - PCI) e a RFS combinada com exercício. Como desordens musculoesqueléticas foram consideradas condições que causassem algum tipo prejuízo funcional, tais como perda de força e massa muscular, dano muscular induzido por exercício, fadiga muscular e dores crônicas no joelho. A presente tese de doutorado é composta por cinco capítulos. Os capítulos 1 e 5 são, respectivamente a contextualização  e  as  considerações  finais  da  tese. Os capítulos 2, 3 e 4 são compostos de nove artigos científicos envolvendo quatro tipos de estudo: revisões sistemáticas (com e sem meta-análise), cartas ao editor, revisão narrativa e ensaios clínicos aleatorizados. O capítulo 2 é uma revisão sistemática (artigo 1) sobre os efeitos da RFS passiva para minimizar perdas de força e de massa muscular (hipotrofia por desuso) em indivíduos submetidos a restrições na descarga de peso em membros inferiores. No capítulo 2 observamos que embora potencialmente útil, o alto risco de viés apresentado nos estudos originais limita a indicação de RFS passiva como uma modalidade eficaz contra a redução da força e atrofia induzida por imobilização. O capítulo 3 é um ensaio clínico controlado e aleatorizado (artigo 2) que investigou os efeitos do PCI na proteção contra o dano muscular induzido por exercício em pessoas saudáveis. O artigo 2 apontou que o PCI não foi superior ao sham para proteger contra o dano muscular induzido por exercício. O capítulo 4 aborda aspectos fisiológicos, metodológicos e clínicos da RFS combinada ao exercício físico. O primeiro manuscrito do capítulo 4 (artigo 3) é uma revisão sistemática com meta-análise que analisou a excitação muscular (por eletromiografia de superfície) durante exercício resistido com RFS levado ou não até a falha muscular. O artigo 3 indicou que a excitação muscular durante o exercício de baixa carga com RFS foi maior que o exercício de carga pareada sem RFS somente quando a falha muscular não é alcançada. Adicionalmente, exercício de baixa carga com RFS apresentou menor excitação muscular que exercício de alta carga, independentemente de alcançar ou não a falha voluntária. O segundo manuscrito do capítulo 4 (artigo 4) é uma revisão sistemática com meta-análise que investigou se o nível da pressão de RFS influencia no tempo para alcançar a falha muscular voluntária durante uma tarefa fatigante. Neste artigo, nós mostramos que a falha muscular é antecipada durante exercícios de baixa carga com altas pressões de RFS, mas não baixas pressões. O terceiro manuscrito do capítulo 4 (artigo 5) é uma revisão narrativa que discute a possível necessidade de ajustar a pressão de RFS ao longo das semanas de treinamento. No artigo 5 observamos que a literatura é contraditória e dificulta recomendar se tais ajustes na pressão de RFS são necessários. Os quatro últimos artigos do capítulo 4 versam sobre o treinamento combinado á RFS no tratamento das dores crônicas de joelho. Os artigos 6 e 7 são cartas ao editor sobre recentes revisões sistemáticas com meta-análise e apontam a necessidade de maior rigor metodológico nas revisões sistemáticas sobre RFS para tratar dores crônicas de joelho. O artigo 8 é um protocolo de ensaio clínico aleatorizado proposto para investigar os efeitos do exercício de baixa carga e volume total reduzido com RFS versus treinamento de alta carga sem RFS no tratamento da osteoartrite de joelho. O artigo 9 é o ensaio clínico aleatorizado que apresenta os resultados do artigo 8 e mostra que o treinamento de baixa carga com volume total reduzido e com RFS teve efeito similar ao treinamento de alta carga sem RFS na dor no joelho, desempenho muscular, função física e qualidade de vida de pacientes com osteoartrite de joelho, embora a magnitude dos ganhos de força tenha sido maior após treino de alta carga. CONCLUSÕES: De forma geral, com exceção do PCI para proteger contra o dano muscular induzido por exercício, as modalidades de restrição de fluxo sanguíneo são potencialmente úteis no manejo da disfunções musculoesqueléticas aqui estudadas. Adicionalmente, concluímos que é necessário avançar no entendimento dos mecanismos fisiológicos e no estudo dos métodos de prescrição das diferentes modalidades de restrição de fluxo sanguíneo.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CLEITON AUGUSTO LIBARDI - UFSCAR
Externo à Instituição - GABRIEL PEIXOTO LEÃO ALMEIDA - UFC
Externo à Instituição - HAMILTON AUGUSTO ROSCHEL DA SILVA - USP
Interno - 2316237 - RODRIGO SCATTONE DA SILVA
Presidente - 2566849 - WOUBER HÉRICKSON DE BRITO VIEIRA
Notícia cadastrada em: 27/04/2021 10:04
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