Banca de DEFESA: DANIELLA ELANA DOS SANTOS CRUZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: DANIELLA ELANA DOS SANTOS CRUZ
DATA: 31/08/2015
HORA: 14:30
LOCAL: NEPSA
TÍTULO:

 

UMA GOTA NO OCEANO: Análise crítica da produção intelectual e política acerca da Diversidade Sexual no âmbito do Serviço Social brasileiro (1993-2013).

 

 

 


PALAVRAS-CHAVES:

Diversidade Sexual. Serviço Social. Produção Intelectual e Política.


PÁGINAS: 115
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Serviço Social
SUBÁREA: Fundamentos do Serviço Social
RESUMO:

 

A Dissertação tem como objeto a análise da produção intelectual e política no âmbito do Serviço Social brasileiro sobre a questão da diversidade sexual. A questão da diversidade sexual é fundamental para o Serviço Social, especialmente após a década de 1990, momento de elaboração de uma concepção de ética a partir dos fundamentos ontológicos-históricos na profissão. O recorte temporal analisado para fins da pesquisa compreendeu o período de 1993 – o qual é considerado marco histórico, uma vez que passou a vigorar o Código de Ética Profissional de 1993, vigente até os dias atuais, caracterizado pelo reconhecimento da liberdade como valor ético central a 2013, perfazendo, portanto, duas décadas. A realização do referido estudo, implicou a necessidade de apropriação do objeto estudado além da aparência, elencando suas características centrais, possibilidades e seus desafios. Para analisar a produção intelectual e política no âmbito do Serviço Social brasileiro sobre a questão da orientação e expressão sexual, utilizamos como estratégias de investigação a análise bibliográfica e documental. Os resultados da pesquisa possibilitaram entender a orientação sexual, simultaneamente, como questão de opressão e de direitos humanos e ao situá-la em sua historicidade, identificamos como a sociedade capitalista se fortalece a partir da negação da diversidade humana reproduzindo inúmeros modos de socialização que determinam a existência de formas de opressão, inscritas em preconceitos e discriminação, bem como, apreendemos que nas contradições desses processos de violação de direitos, instauram-se formas de resistência. Foi possível compreender o processo de incorporação da temática vivenciado pelo Serviço Social brasileiro e; por fim, foram analisadas as tendências teórico-políticas da produção intelectual, a partir dos anais dos encontros nacionais mais expressivos da categoria (CBAS e ENPESS) e os documentos do Conselho Federal de Serviço Social relacionados à temática. Os resultados deste trabalho indicam, ainda, que reconhecer a produção intelectual acerca da diversidade sexual enquanto uma gota no oceano, ou seja, que é pouco expressiva, pode causar a impressão de que ela não é necessária; porém, o nosso trabalho vem mostrar justamente o contrário. Um dos desafios é justamente o aprimoramento da discussão entre os sujeitos envolvidos/as cotidianamente na formação e no exercício profissionais. Na luta contra o preconceito, discriminações e violências, fortalecer o debate sobre a diversidade sexual é uma tática de enfrentamento destas questões. A produção intelectual do Serviço Social, a partir do limite temporal, nos faz refletir sobre a imprescindível discussão comprometida com a apreensão das determinações societárias que incidem sobre as formas de opressão e a lógica da reprodução dos valores e desvalores na vida cotidiana. Embora, ao longo de vinte anos, tenha sido identificado o crescimento da produção, ela ainda é pequena frente a outras temáticas relacionadas ao cotidiano profissional. A incorporação da temática, partindo de demandas cotidianas fez com que o Conselho Federal de Serviço Social se tornasse precursor entre as entidades da categoria, além de importante protagonismo entre os conselhos de profissão na discussão e defesa da temática. O projeto ético-político do Serviço Social inscrito na história resiste, hegemonicamente, pautando-se na luta cotidiana no enfrentamento do conservadorismo presente, inclusive na profissão, criando estratégias fundamentais, tais como: seminários temáticos, resoluções e parâmetros de atuação. Deste modo, não perder de vista o horizonte das lutas é um desafio cotidiano para a profissão, pois, pensar este processo destituindo-o da totalidade social, é permanecer na lógica instituída, atrelada à desumanização, reafirmando esta sociedade como a única possível.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1149518 - SILVANA MARA DE MORAIS DOS SANTOS
Interno - 1169227 - RITA DE LOURDES DE LIMA
Externo ao Programa - 2297598 - MIRIAM DE OLIVEIRA INACIO
Externo à Instituição - SAMYA RODRIGUES RAMOS - UERN
Notícia cadastrada em: 04/08/2015 09:35
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