Banca de DEFESA: ELYSON DIEGO SALUSTINO SARAVIA OSORIO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ELYSON DIEGO SALUSTINO SARAVIA OSORIO
DATA: 27/04/2016
HORA: 14:00
LOCAL: SALA DE AULA II DO PPGCF
TÍTULO:

Passiflora cincinnata (MARACUJÁ-DO-MATO): INVESTIGAÇÃO DO PERFIL FLAVONOÍDICO, DA ATIVIDADE LOCOMOTORA in vivo E DA VARIAÇÃO SAZONAL


PALAVRAS-CHAVES:

Passiflora cincinnata, flavonoides, sazonalidade, atividade locomotora.


PÁGINAS: 191
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Farmácia
RESUMO:

A família Passifloraceae é composta por 630 espécies organizadas em 18 gêneros, de ocorrência principalmente nas Américas. No Brasil as espécies de Passiflora são conhecidas popularmente como maracujás e amplamente utilizadas pela população, principalmente, como sedativas, antiespamódicas e ansiolíticas. Dentro do gênero Passiflora tem-se a espécie Passiflora cincinnata, comumente denominada no Brasil como maracujá-do-mato, sendo amplamente distribuída na América do Sul, com ocorrência principalmente na caatinga, agreste e brejos de altitude do Nordeste e cerrado brasileiro. No entanto, estudos fitoquímicos e farmacológicos são escassos para esta espécie. Dentro deste contexto, a proposta deste trabalho é avaliar o perfil flavonoídico e a atividade locomotora do extrato aquoso das folhas de P. cincinnata e avaliar a variação sazonal do pefil flavonoídico. O extrato das folhas de P. cincinnata foi preparado por infusão, seguido de particionamento com solventes de polaridade crescente (diclorometano, acetato de etila e n-butanol). As frações obtidas tiveram seu perfil fitoquímico avaliado preliminarmente por Cromatografia em Camada Delgada (CCD) e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE). Na análise por CCD e por CLAE foi verificada a presença de flavonoides glicosilados, derivados das flavonas apigenina e luteolina. A técnica de Cromatografia em Contracorrente de Alta Velocidade em modo de eluição em gradiente foi utilizada para o isolamento de flavonoides glicosilados a partir do extrato aquoso das folhas. Foi isolado um composto majoritário da fração butanólica das folhas de P. cincinnata, denominado PCN1, e duas frações semi-purificadas de flavonoides, denominadas de PCN2 e PCN3. O composto PCN1 apresenta núcleo básico do tipo apigenina e foi identificado por comparação com amostra autêntica, pela análise por UV, por coinjeção no CLAE-DAD, por RMN de 1H e 13C e pela fragmentação obtida por EM/EM, após comparação com dados encontrados na literatura, como isovitexina. O desenvolvimento e validação de metodologia analítica por CLAE foi realizado seguindo os parâmetros precozinados pela RDC 899/2003 da ANVISA e ICH Guidelines 2005. O método desenvolvido para análise dos flavonoides por CLAE-DAD empregou como fase estacionária uma coluna C18 Phenomenex Luna (250 x 4,6 mm, 5 μm), e como fase móvel um gadriente composto por: THF (solvente A) 1-1,5 %, de 0-70 min; 1,5 %, de 70-110 min, ácido fosfórico 0,5 % (B) 85,5-84 %, de 0-70 min; 84 %, de 70-110 min, acetonitrila (C) 7,5-8,5 %, de 0-70 min; 8,5 %, de 70-110 min, e metanol (D) 6%, de 0-110 min. O fluxo foi mantido constante em 0,8 mL/min e a detecção realizada a 254 e 340 nm. O método desenvolvido obedeceu aos parâmetros de resolução, número de pratos teóricos, pureza e fator de cauda adequados para cada pico, permitindo a quantificação e avaliação do teor dos compostos identificados no extrato aquoso das folhas de P. cincinnata. O método validado provou ser linear, preciso, exato e reprodutível. A análise sazonal do teor de flavonoides por CLAE-DAD mostrou alterações nas concentrações desses compostos, principalmente em relação ao flavonoide isoorientina, identificado nos extratos aqusoso das folhas de P. cincinnata, que apresentou uma maior concetração no período seco. Em relação aos efeitos sobre a atividade locomotora de camundongos tratados com o extrato das folhas de P. cincinnata coletados no período seco e chuvoso, nas doses de 300 mg/kg, 500 mg/kg e 1000 mg/kg não observou-se nenhuma alteração significativa no comportamento dos animais avaliados no campo aberto. Este resultado se mostrou interessante, já que existem outras espécies de Passiflora que apresentam alteração da atividade locomotora de camundongos no teste do campo aberto e com doses inferiores a maior dose utilizada nesse trabalho.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FRANCILENE AMARAL DA SILVA - UFS
Externo ao Programa - 2276354 - LEANDRO DE SANTIS FERREIRA
Presidente - 1490222 - SILVANA MARIA ZUCOLOTTO LANGASSNER
Notícia cadastrada em: 18/04/2016 15:56
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