Banca de DEFESA: JUDICLEIDE DE AZEVEDO NASCIMENTO - (Retificação)

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: JUDICLEIDE DE AZEVEDO NASCIMENTO

DATA: 07/04/2011

HORA: 14:00

LOCAL: Auditório do Departamento de Geografia

TÍTULO:

O circuito espacial da indústria de cerâmica vermelha no Seridó Potiguar: uma análise sobre o uso do território


PALAVRAS-CHAVES:

Indústria de cerâmica vermelha. Uso do território seridoense. Circuito de produção. Transformações espaciais. Problemáticas ambientais.


PÁGINAS: 135

GRANDE ÁREA: Ciências Humanas

ÁREA: Geografia

RESUMO:

Esta pesquisa tem como universo empírico, o território produtor de cerâmica vermelha no Seridó potiguar. Nos últimos anos esse território passou por um processo de apropriação que tem alterado substancialmente a dinâmica social e ambiental do lugar. No Seridó, a indústria de cerâmica vermelha tem se concentrado em algumas áreas, sobretudo, nos municípios de Parelhas e Carnaúba dos Dantas. Nesta perspectiva, o objetivo desse trabalho consiste em analisar o uso do território pela indústria de cerâmica vermelha e as transformações ocorridas com a expansão no número de indústrias e no aumento da produtividade, o que requer maiores quantidades de argila e de lenha, recursos escassos no referido território. Em decorrência desse processo, a alternativa encontrada tem sido adquirir os insumos em outros municípios do Rio Grande do Norte, como também em municípios paraibanos. Para alcançar o objetivo proposto, o encaminhamento metodológico envolveu pesquisa bibliográfica e empírica, considerando a espacialização que essa atividade abrange no território seridoense. A partir das informações obtidas durante a pesquisa pode-se afirmar que os insumos para a realização da produção na indústria de cerâmica vermelha são adquiridos no seu entorno geográfico. A análise das etapas do circuito de produção (aquisição da matéria-prima, produção e comercialização) mostrou que esta atividade atua numa área contínua, tendo como principal mercado consumidor os demais estados do Nordeste e o estado do Pará. O presente estudo revelou que a atividade ceramista configura-se como insustentável, haja vista a recorrência permanente à argila e à lenha, insumos escassos no território, cuja aquisição provoca uma série de problemas como o desmatamento e a erosão. Além disso, a venda dos solos férteis para as cerâmicas dificulta o seu aproveitamento pelos agricultores familiares, no desenvolvimento das atividades agropecuárias, que muitas vezes configura-se na principal atividade econômica da propriedade. A precariedade da atividade se revela nos constantes acidentes de trabalho, que na grande maioria, são negligenciados pelas autoridades locais, sem aplicação de nenhuma penalidade às empresas. Assim, a indústria de cerâmica vermelha no Seridó usa o território de forma seletiva e excludente, deixando sérias problemáticas ambientais, as quais podem comprometer a qualidade de vida das atuais e futuras gerações.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 057.431.094-00 - JOSE LACERDA ALVES FELIPE - UFRN
Interno - 347943 - RITA DE CASSIA DA CONCEICAO GOMES
Externo à Instituição - INÁ ELIAS DE CASTRO - UFRJ
Notícia cadastrada em: 29/03/2011 14:56
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