Banca de DEFESA: FÁBIO NUNES DE JESUS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FÁBIO NUNES DE JESUS
DATA: 30/09/2013
HORA: 13:00
LOCAL: Auditório de Antropologia
TÍTULO:

Território e territorialidade negra quilombola em Coqueiros-BA: dos espaços de referências à afirmação identitária



PALAVRAS-CHAVES:

Território. Quilombo. Identidade. Territorialidade. Contra Racionalidade. Prática Socioespacial.


PÁGINAS: 143
GRANDE ÁREA: Ciências Humanas
ÁREA: Geografia
RESUMO:

O território quilombola de Coqueiros-BA está localizado no município de Mirangaba e pertence geograficamente ao território de identidade Piemonte da Diamantina no Estado da Bahia. A ocupação territorial do Piemonte da Diamantina caracteriza-se pela dimensão produtiva originada do ciclo do ouro e da mobilidade populacional, recorrente na colonização e interiorização do Brasil. Este movimento representava ao mesmo tempo a área de fluxo do empreendimento da coroa em busca do ouro e também uma rede de comunicação conflituosa e estratégica da capitania da Bahia com a região das Minas Gerais. A mobilidade social resultante estabelecia conexões entre pontos aparentemente dispersos sobre o território baiano. Estes, transformaram-se em núcleos populacionais que refletiam os interesses e as contradições presentes na ocupação destes espaços. Assim, importantes rotas foram definidas contribuindo para a legitimação e afirmação do povoamento das diversas regiões. Por estes caminhos, a projeção de uma  materialidade sobre o espaço capitalista  revelavam as estratégias de dominação, que no seu bojo tentava  também eliminar traços recorrentes dos valores culturais dos povos afros. Para este intento, os objetos geográficos dotados de simbologias presentes tornaram-se fundamentais ao contribuir para reificação de uma sociedade com valores e referências predominantes na consolidação do Estado-Nação brasileiro. Em meio a esta teia de relações materializadas no território, foi através da ocupação quilombola que os povos africanos, movidos pela cosmogonia presente na interpretação cultural e geográfica de mundo, criavam e reinterpretavam os sentidos estéticos e ideológicos predominantes na América à luz de conhecimentos transoceânicos e diaspóricos, produzindo paralelamente espaços subalternos e de contra racionalidades com fortes traços culturais e de auto- referência. Estes, movidos por uma autonomia e luta constante frente aos espaços institucionalizados  contribuíram por revelar as organizações coletivas e habitacionais cujas práticas resistiram e fundamentaram o emergente e desafiador reconhecimento de sua espacialidade pelo estado brasileiro na atualidade.   


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDRELINO DE OLIVEIRA CAMPOS - UERJ
Presidente - 1149350 - ANELINO FRANCISCO DA SILVA
Externo ao Programa - 1149373 - BEATRIZ MARIA SOARES PONTES
Notícia cadastrada em: 20/08/2013 14:48
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