Banca de QUALIFICAÇÃO: GILNADSON DA SILVA BERTULEZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GILNADSON DA SILVA BERTULEZA
DATA : 22/04/2021
HORA: 14:30
LOCAL: Sala virtual
TÍTULO:



“ARTivismos” Urbanos: a (re)utilização dos espaços coletivos pelas batalhas de rap – o caso de Natal/RN

 


PALAVRAS-CHAVES:

Uso do Espaço Público; Ativismos Sociais Contemporâneos; Comum Urbano; Teoria do Ator-Rede; Observação Participante.


PÁGINAS: 73
RESUMO:


Diante da situação de descaso e de relativo abandono em que se encontram parte das áreas públicas em Natal/RN, os jovens, especialmente os moradores de regiões periféricas, têm buscado meios de reivindicar os seus direitos através da expressão de suas artes e da (re)ocupação de espaços tidos como inutilizáveis pela população e/ou que são obliterados pelo Estado. Na forma como se explicita, uma parte significativa desses movimentos se dedica a requerer melhores condições de vida na cidade, como é o caso das batalhas de rap. Dessa forma, o objeto de estudo versa sobre a emergência de novas estratégias de luta urbana e as formas de produção e apropriação do comum urbano. Nesta perspectiva, o objetivo principal desta tese é compreender a influência dos ativismos contemporâneos de resistência urbana na (re)produção e ressignificação dos espaços de vida coletiva em Natal/RN, com o intuito de alimentar as discussões a respeito da interferência desses atores nas novas configurações da cidade contemporânea e da atuação sobre elas. A pesquisa se justifica pela necessidade que há atualmente de estudos acerca das recentes formas de ativismos e das suas consequências para as áreas públicas, sobretudo na atual conjuntura política do Brasil que, por um lado, aponta para a desconsideração da política tradicional como meio de transformar os espaços das cidades e, por outro, para uma tendência de criminalização dessas práticas na produção do espaço. A motivação para a abordagem surge da observação empírica do autor e da sua vivência com coletivos de rua. A discussão pretendida se dará em torno do arcabouço conceitual dos ativismos sociais contemporâneos, do comum urbano e da teoria da produção social do espaço. Para tanto, tem-se como base aportes de autores, dentre outros, como: Marcelo Lopes de Souza (1988), Maria da Gloria Gohn (2011), Michael Hardt e Antonio Negri (2014), Joao Bosco Tonucci Filho (2017), Charles Tilly (2010), Sidney Tarrow (2009), Pierre Dardot e Christian Laval (2017), David Harvey (2014), Henri Lefebvre (2006), Mark Gottdiener (1997), e Ana Fani Carlos (2011), que aportam discussões mais gerais; e Glaucie Coelho e Emika Takaki (2009) e Laudenides dos Santos e Silvia Ortigoza (2017), que contribuem num debate mais específico sobre o tema tratado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na qual o percurso metodológico adotado procura aliar os preceitos estabelecidos pelo método da “Teoria do Ator-Rede”, de Latour (2012), a uma perspectiva da “Antropologia Digital”, de Miller e Horst (2012), recorrendo ainda a diversas técnicas, como a observação participante, entrevistas, questionários, levantamento de dados e confecção de mapas. Por fim, os estudos preliminares realizados já apontam para uma interpretação desses coletivos como fomentadores de novas formas de pensar o planejamento urbano na sociedade contemporânea, especialmente a partir da criação de redes de solidariedade, de compartilhamento de saberes e de contextos de vidas, de apropriação coletiva e de autogestão. 

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 347654 - ANGELA LUCIA DE ARAUJO FERREIRA
Interna - 350504 - MARIA DULCE PICANÇO BENTES SOBRINHA
Externa ao Programa - 1149572 - LISABETE CORADINI
Notícia cadastrada em: 01/04/2021 11:07
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - (84) 3342 2210 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - sigaa09-producao.info.ufrn.br.sigaa09-producao