Banca de DEFESA: GIORDANA CHAVES CALADO TIMENI

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GIORDANA CHAVES CALADO TIMENI
DATA : 26/07/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Miniauditório do PPGAU/UFRN
TÍTULO:

MUITO MAIS QUE O ESCURO: a vivência espacial dos cegos como base para a compreensão sensível da cidade.


PALAVRAS-CHAVES:

Pessoas cegas; Espaço Urbano, Experiência Ambiental; Percepção ambiental; Orientação e Mobilidade.


PÁGINAS: 311
RESUMO:

Esta pesquisa se desenvolveu a partir de uma pergunta inicial: em que aspectos o entendimento do espaço urbano por pessoas que não dispõem do sentido da visão pode contribuir para o planejamento de uma cidade mais acessível? Como resposta preliminar a essa questão foi definida a hipótese que o reconhecimento da percepção sensível da cidade pelas pessoas cegas possibilita o entendimento de elementos menos evidentes para os demais usuários, o que permite a utilização consciente dessas informações pelos profissionais que intervém no espaço, favorecendo o desenho urbano. Conduzida por um paradigma de análise espacial fundamentado no ser humano e na relação pessoa-ambiente, a investigação analisou a percepção de pessoas cegas durante a sua movimentação pela cidade, tendo como alicerce os aspectos sociais e físicos da deficiência visual, as condições de orientação/mobilidade do corpo cego e os conceitos de ambiência urbana, experiência ambiental, affordance e wayfinding. Nesse contexto, o objetivo geral do estudo empírico foi compreender os principais elementos que compõem a percepção do espaço urbano pelas pessoas cegas e que possam subsidiar ideias favoráveis ao desenho urbano. A fim de provocar a discussão sobre estratégias multissensoriais utilizadas na compreensão do espaço urbano, evocando sentidos como o olfato, audição, tato e o paladar, a metodologia da pesquisa empírica foi desenvolvida em dois momentos: (i) visita a centros de treinamento de orientação e mobilidade; (ii) experimento planejado com participação de pessoas cegas dispostas a contribuir com a pesquisa e que apresentassem condições para mobilidade autônoma pela cidade. Essa última etapa ocorreu em um setor urbano adjacente ao Instituto de Educação e Reabilitação dos Cegos do Rio Grande do Norte, no bairro do Alecrim, Natal-RN, e incluiu entrevistas individualizadas, percurso comentado e com o uso de recursos tecnológicos, e desenho-estória. Ressaltando a percepção, cognição e memória das pessoas cegas, os resultados mostram que os nossos sentidos é a base do conhecimento e entendimento do espaço, constatação que reforça a sua importância dos estímulos no planejamento ambiental. As informações coletadas subsidiaram a confecção de uma versão inicial de mapas sensoriais da área urbana escolhida. Conclui-se que, confirmando a hipótese, a análise do movimento do corpo cego no espaço possibilita a definição de subsídios multissensoriais para o projeto de arquitetura e urbanismo, não apenas proporcionando mais inclusão espacial a estes indivíduos, mas que podem representar maior qualidade ambiental para todas as pessoas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANGELINA DIAS LEAO COSTA - UFPB
Interno - 1720813 - GEORGE ALEXANDRE FERREIRA DANTAS
Presidente - 1149643 - GLEICE VIRGINIA MEDEIROS DE AZAMBUJA ELALI
Externa à Instituição - KATIA CRISTINA LOPES DE PAULA - CSC
Externo à Instituição - ZILSA MARIA PINTO SANTIAGO - UFC
Notícia cadastrada em: 03/07/2019 19:05
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