CENTRO ANTIGO DE JOÃO PESSOA: Forma, uso e patrimônio edificado
Patrimônio edificado. Sintaxe Espacial. Centros Antigos. João Pessoa.
As transformações urbanas que a cidade de João Pessoa (PB) sofreu ao longo dos séculos trouxeram consigo uma série de consequências para seu núcleo inicial, universo de estudo desta pesquisa. Sua gradativa perda na relevância econômica para outras zonas da cidade veio acompanhada do surgimento de algumas patologias urbanas, usualmente vistas em muitas áreas centrais nas grandes cidades brasileiras: degradação e descaracterização do patrimônio edificado, imóveis vazios ou subutilizados, esvaziamento do uso residencial, sensação de insegurança, entre outros. Esta dissertação apresenta uma análise dessa realidade no Centro Antigo de João Pessoa, zona delimitada pelo perímetro de tombamento rigoroso estipulado pelo IPHAEP – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba. A partir da observação da morfologia urbana da cidade, do levantamento de usos e da conservação do patrimônio edificado no perímetro estudado, a dissertação teve como objetivo investigar as possíveis correlações entre essas três variáveis, diagnosticando, com isso, as incompatibilidades geradoras das patologias ali existentes – além de serem esboçadas possíveis soluções. O estudo morfológico se fundamentou na teoria descritiva conhecida como Sintaxe Espacial, onde se busca observar analogias entre a forma urbana e as relações sociais ali existentes, assumindo a proposição de que ambas podem ser mutuamente influenciadas.