Aplicação da técnica eletroanalítica de pulso diferencial usando o eletrodo de diamante para quantificação dos princípios ativos para o tratamento da tuberculose
tuberculose, isoniazida, etambutol, rifampicina, pirazinamida, voltametria de pulso diferencial.
A tuberculose (TB) é uma das principais causas de mortes no mundo e continua sendo um grave problema de saúde publica, especialmente em países em desenvolvimento, voltando a ocupar papel de destaque entre as principais doenças contagiosas. A tuberculose está cada vez mais difícil de ser diagnosticada devido à alta incidência de resultados negativos nos testes de expectoração. Os fármacos utilizados no tratamento da tuberculose podem ser divididos em duas categorias: os de primeira linha, que tem o maior índice de eficiência; e os de segunda linha, quando há resistência microbiana. Entre os fármacos de primeira linha se destacam a isoniazida, etambutol, rifampicina e pirazinamida. O controle de qualidade dos fármacos é obtido através de muitas técnicas analíticas como eletroforese capilar, espectroscopia no visível e UV, espectrofluorimetria no UV, quimiluminescência de injeção de fluxo, colorimetria, titrimetria, oxidimetria, cromatografia líquida, HPLC e cromatografia líquida de camada fina. As técnicas eletroanalíticas apresentam características experimentais que as tornam de grande importância na quantificação de fármacos, como por exemplo, alta sensibilidade, não requerendo grandes volumes de amostra, simplicidade, rapidez de análise e baixo custo. Neste trabalho foi feito um estudo eletroquímico utilizando a voltametria cíclica e voltametria de pulso diferencial para os fármacos isoniazida, etambutol, rifampicina e pirazinamida usando o eletrodo de diamante dopado com boro (BDD) como eletrodo de trabalho. Foi também verificado a aplicabilidade da técnica de voltametria de pulso diferencial na quantificação dos princípios ativos usados no tratamento da tuberculose, posteriormente aplicando em amostras de formulação farmacêutica. Dentre os quatro princípios ativos estudados, a isoniazida apresentou os melhores resultados de detecção e quantificação com o uso voltametria de pulso diferencial. Em pH 4 e pH 8, as curvas de calibração para a INH apresentaram boa linearidade, apresentando os limites de quantificação de 6,15 μM (0,844 ppm) e 4,08 μM (0,56 ppm), para os respectivos pHs. O método proposto pode ser usado para a determinação de isoniazida em fármacos, pois foram obtidos valores de recuperação em torno de 100%.