Síntese e aplicação de nanopartículas de prata (AgNPs) para quantificação de inibidores de incrustação e de cátions incrustantes na indústria do petróleo.
nanopartícula de prata; incrustação; inibidor de incrustação; nanossensor óptico; detecção colorimétrica
A busca por métodos analíticos alternativos para determinação de inibidores de incrustação e de cátions incrustantes tem despertado interesse na indústria do petróleo. Neste sentido, as nanopartículas de prata (AgNPs), mais especificamente as propriedades ópticas de ressonância plasmônica de superfície localizada (do inglês Localized Surface Plasmon Resonance - LSPR), tornam-se um material promissor para o desenvolvimento de nanoplataformas de otimização espectral e de nanossensores ópticos. Assim, o objetivo deste trabalho foi de combinar AgNPs com a espectroscopia Raman (SERS), espectroscopia UV-Vis e imagens digitais (uso de smartphone e um software livre, Image J) para determinação da concentração de inibidores de incrustação (ATMP e DTPMP) e de cátions incrustantes (Mg+2, Ca+2, Sr+2 e Ba+2). Essas metodologias basearam-se, respectivamente, nas propriedades das AgNPs de amplificação do sinal Raman, variação da intensidade de absorbância da banda plasmônica (400 nm) e mudanças na coloração da solução de nanopartículas de prata na presença do analito. O efeito SERS permitiu a detecção de ATMP em concentrações na ordem de 10-4 M. Além disso, as análises por imagens digitais e por espectroscopia UV-Vis quantificaram cátions incrustantes e o inibidor DTPMP em concentrações na ordem de 10-6 M, com excelente regressão linear. As caracterizações por espectroscopia UV-Vis e Dynamic Light Scattering (DLS) provaram que o sensor é baseado no mecanismo de agregação ou estabilização das AgNPs, dependendo do analito com a qual interagem. Dessa forma, os resultados obtidos demonstraram que as metodologias desenvolvidas são eficientes, confiáveis, de baixo custo e menos laboriosas, quando comparadas as metodologias tradicionalmente utilizadas (volumetria e ICP-OES).