Banca de DEFESA: DJACKSON GARCIA DE LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DJACKSON GARCIA DE LIMA
DATA : 30/12/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sessão pública realizada por videoconferência
TÍTULO:

PORTE DO VAREJISTA E CARACTERISTICAS DA CARNE COMERCIALIZADA EM ECONOMIAS EM DESENVOLVIMENTO: INSIGHTS A PARTIR DO CASO DO NORDESTE BRASILEIRO


PALAVRAS-CHAVES:

1. Carne 2. Sistema alimentar 3. Desenvolvimento sustentável 4. Varejo


PÁGINAS: 62
RESUMO:

Este estudo investiga como o porte do varejista influencia as características da carne disponível para os consumidores, utilizando o Nordeste brasileiro como um caso de estudo estratégico. Com 80% da produção voltada ao mercado interno, o Brasil possui uma complexa rede de distribuição que reflete os desafios e oportunidades enfrentados em escala global. Além disso, a região Nordeste reflete uma tendência global em economias emergentes, onde o aumento da renda impulsiona o consumo de carne. Analisamos a relação entre o porte do varejista e três aspectos da carne comercializada: distância percorrida do frigorífico fornecedor até o ponto de venda, nível de processamento e qualidade sanitária. Utilizando uma abordagem de métodos mistos, combinamos dados quantitativos do aplicativo "Do Pasto ao Prato" com entrevistas qualitativas com profissionais do setor em um dos estados da região. As análises estatísticas incluíram Modelos Lineares Generalizados e Regressão Logística Multinomial. Os dados textuais foram transcritos utilizando uma combinação de técnicas de inteligência artificial, como o processamento de linguagem natural, e análise humana. Posteriormente, essas informações foram analisadas por meio de uma técnica de mapeamento de processos, que organizou os dados em fluxogramas de atores e processos. Os resultados indicaram que cerca de 85% da carne vendida na rede varejista é proveniente de outras regiões do Brasil, percorrendo longas distâncias (2386,18, 土 731,58 km) até chegar ao mercado local. Varejistas maiores, como hipermercados e supermercados, obtêm carnes de distâncias menores (p = 0,034). No que tange ao nível de processamento, observou-se uma tendência de varejistas menores, como lojas de conveniência, vendendo mais carnes ultraprocessadas, ainda que o poder explicativo não tenha relevância estatística (pseudo R² = 7,37 e-11). Por fim, quanto à qualidade sanitária, varejistas, independentemente do seu porte (p > 0,05), tiveram avaliação classificada como “Boa”. Esses resultados refletem características típicas das cadeias de suprimento de carne em países emergentes, onde a concentração de frigoríficos de grandes corporações é comum, e onde as redes de varejo, contam com uma presença significativa de lojas de conveniência e pequenos mercados que frequentemente oferecem produtos ultraprocessados. Ao analisar a cadeia de suprimentos de carne em um contexto de demanda crescente, o estudo auxilia na busca por soluções para aprimorar a segurança alimentar, reduzir o impacto ambiental e promover práticas comerciais mais éticas no setor, especialmente em regiões com rápido crescimento econômico e mudanças nos padrões de consumo Sustentável.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - DIRCE MARIA LOBO MARCHIONI - USP
Presidente - 3859825 - MICHELLE CRISTINE MEDEIROS JACOB
Interna - 1452705 - SEVERINA CARLA VIEIRA CUNHA LIMA
Notícia cadastrada em: 25/11/2024 13:14
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