Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA PAULA DIAS INOCENCIO BARBOSA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA PAULA DIAS INOCENCIO BARBOSA
DATA : 24/10/2017
HORA: 08:30
LOCAL: Sala de aula 06 do Departamento de Nutrição - DNUT/UFRN.
TÍTULO:

Imagem corporal em mulheres privadas de liberdade.


PALAVRAS-CHAVES:

Prisões, saúde da mulher, imagem corporal e estado nutricional.


PÁGINAS: 61
RESUMO:

A preocupação com a Imagem Corporal (IC) é muito comum entre mulheres. No entanto, mulheres privadas de liberdade estão expostas a condições de vida diferentes daquelas em liberdade, o que pode afetar de forma distinta sua percepção corporal. O presente trabalho objetivou avaliar a IC e fatores associados à distorção e à insatisfação da IC em mulheres encarceradas em regime fechado de Natal/RN. Trata-se de um estudo transversal censitário, desenvolvido com detentas do Complexo Penal Feminino Dr. João Chaves (n=107), com idades entre 18 e 57 anos. A avaliação da IC se deu por meio da Escala de Figuras de Silhuetas para adultos brasileiros (EFS). Foram coletadas informações pessoais sociodemográficas (idade, escolaridade, renda familiar, estado civil, tempo de reclusão, frequência de visitas e número de filhos) por meio de entrevista, e mensurado o peso e a estatura por meio da antropometria, calculando-se em seguida o Índice de Massa Corporal (IMC). Utilizou-se a Razão de Prevalência e seu respectivo Intervalo de Confiança de 95% para avaliar a associação entre as variáveis dependentes (distorção e insatisfação da IC) e as variáveis independentes. As diferenças entre médias do IMC medido por antropometria (IMC-A) e do estimado pela EFS (IMC-E) foram verificadas pelo teste t-Student. A concordância entre o IMC-A e o IMC-E foi verificada pelo método Bland-Altman. As participantes tinham idade média de (31,7 ± 8,48 anos), e a média de IMC-A foi de 27,67Kg/m². Cerca de 65% encontrava-se acima do peso, das quais 27,8% apresentaram obesidade. Houve distorção da IC em 83,3% das participantes. Destas, 82,7% superestimaram o tamanho do seu corpo, imputando em média, 5,59 Kg/m2(+ 2,73) a mais ao seu corpo real. A maioria das mulheres (91,6%) se demonstrou insatisfeita com o corpo e desejava um corpo diferente daquele que achavam que tinham. Embora a maioria tenha desejado ter um IMC, em média, 9,01 Kg/m2 (+ 5,25) menor, cerca de um terço delas desejou aumentar o tamanho do corpo, em média, 6,43 Kg/m². As características sociodemográficas, o estado nutricional e o tempo de reclusão estiveram independentemente associados à distorção e à insatisfação com a IC. A maioria das mulheres reclusas é insatisfeita com seus corpos e distorce sua IC.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2646462 - BRUNA LEAL LIMA MACIEL
Externo à Instituição - RAFAEL DE ALBUQUERQUE FIGUEIRO - UnP
Presidente - 1891751 - URSULA VIANA BAGNI
Notícia cadastrada em: 11/10/2017 13:53
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