CICLO DE MELHORIA NA PREVENÇÃO DE LESÃO POR PRESSÃO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Lesão por Pressão; Cuidados Críticos; Segurança do Paciente; Melhoria da Qualidade.
Introdução: A ocorrência de eventos adversos ainda é elevada, e um dos mais prevalentes nos serviços de saúde é a Lesão por Pressão (LP). Ao comparar pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com os internados em outras unidades hospitalares, verifica-se que os usuários em cuidados intensivos apresentam risco elevado de desenvolver LP. Desse modo, um ciclo de melhoria no processo de prevenção das LPs é de grande relevância, sendo imprescindível para promover uma assistência segura e de excelência aos usuários. Objetivo: Desenvolver um ciclo de melhoria da qualidade para prevenção de LP na UTI adulto de um hospital universitário do nordeste brasileiro. Metodologia: Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, quase experimental, tipo antes e depois, sem grupo controle. Foi desenvolvido por meio da aplicação de um ciclo de melhoria da qualidade, seguindo as diretrizes do Standards for Quality Improvement Reporting Excellence 2.0 (SQUIRE). A população foi composta por 80 usuários, 40 avaliados na primeira etapa (antes das intervenções) e 40 na segunda etapa (após as intervenções). O estudo foi realizado no período de janeiro de 2024 a junho de 2025. A estimativa de melhoria entre a avaliação inicial e a reavaliação, foi calculada considerando as melhorias absolutas e relativas de cada um dos critérios. Para comprovar a significância estatística da melhoria, aplicou-se um teste de hipótese unilateral, por meio do cálculo do valor de Z, considerando como hipótese nula a ausência de melhoria, que se rejeitava quando o p-valor era inferior a 0,05. A pesquisa foi aprovada pelo CEP sob parecer número 6.923.839. Resultados: Durante a reavaliação foi verificado que todos os critérios apresentaram aumento no percentual de conformidade, ao comparar os resultados das avaliações antes e após as intervenções. Os critérios C1, C3, C4, C5, C6 e C7 possuem significância estatística, evidenciando a eficácia das intervenções implementadas. Já o critério C2 não teve significância estatística, apontando que a melhora não teve relação com as intervenções. Conclusões: Conclui-se que o ciclo de melhoria da qualidade é uma ferramenta eficaz para qualificar os serviços de saúde, promovendo a segurança do paciente e a excelência da assistência. As intervenções implementadas neste estudo contribuíram para o aprimoramento das práticas da equipe na UTI. Para consolidar esses avanços e garantir resultados sustentáveis, é fundamental a continuidade das ações de melhoria, o investimento em educação permanente e a adaptação das estratégias às particularidades do ambiente de cuidado intensivo.