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Banca de DEFESA: MARIANE BEZERRA NÓBREGA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIANE BEZERRA NÓBREGA
DATA : 19/12/2024
HORA: 09:00
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA (link a ser publicado no Forum do Sigaa)
TÍTULO:

Diversificacao internacional de carteiras com Environmental, Social and

Governance (ESG) nos BRICS e hubs internacionais


PALAVRAS-CHAVES:

Revisão sistemática da literatura; Integração; Environmental, Social
and Governance; diversificação internacional de carteiras; desempenho risco-retorno.
JEL Codes: G11, F36, G15, Q56, C58.

 


PÁGINAS: 282
RESUMO:

O presente trabalho consiste em um estudo cross-country que tem por objetivo analisar
o impacto do Environmental, Social e Governance (ESG) na diversificação
internacional de carteiras e precificação de ações, considerando a integração entre o
BRICS e hubs internacionais. Inicialmente foi realizada uma revisão sistemática da
literatura (Systematic Literature Review – SLR) sobre diversificação de carteiras e
Environmental, Social and Governance (ESG). Em resumo, os estudos destacam que o
impacto do ESG nos investimentos pode ser considerado positivo, mas depende de
vários fatores, como o tamanho das empresas, localização geográfica, setor, métodos de
formação de carteiras, perfil do investidor e horizonte de tempo. A partir disso, foi
analisada a integração entre os países para avaliar os benefícios teóricos da
diversificação internacional, com diferentes períodos de retenção de investimentos,
estipulando posições de carteira e os fluxos de capital internacionais. Essa análise foi
estendida para a perspectiva do investidor ESG e foi analisado o possível impacto da
pontuação ESG na precificação de ações no mercado internacional. A investigação
empírica da ligação potencial entre ESG, precificação de ativos e diversificação
internacional de carteiras no mercado acionário pode fornecer informações robustas
sobre o desempenho de investimentos ESG, de interesse primordial para diferentes
stakeholders. Este estudo busca contribuir para a literatura ao fornecer uma análise
empírica robusta, destacando como diferentes níveis de integração financeira e o status
econômico dos países podem influenciar a eficácia da diversificação internacional de
carteiras ESG, ajudando investidores a tomar decisões mais informadas. Os resultados
da DCCA mostraram que a correlação aumenta proporcionalmente às escalas, refletindo
a maior complexidade ou dependência de longo alcance à medida que as escalas
temporais aumentam. Todavia, os diferentes pares de mercados apresentam variações
significativas no , refletindo níveis variados de integração ou dependência. Mercados
desenvolvidos apresentam integração consistente em todos os horizontes temporais,
enquanto os BRICS mostram maior heterogeneidade. Em relação a análise wavelet, os
resultados sugerem que os mercados hubs exibem um alto nível de integração em todos
os horizontes temporais, especialmente em escalas mais longas, o que reflete sua
interconectividade estrutural e alinhamento econômico. Por outro lado, os mercados
BRICS, sendo mais diversos e dependentes de fatores locais, apresentam menor
integração global, com correlações mais fracas em escalas curtas e médias. Para a
análise sem ESG, o índice de Sharpe mostrou que o desempenho das carteiras formadas
pelos hubs, especialmente aquelas compostas por EUA e Japão, mostrou uma
consistência superior, enquanto o pior índice médio foi das carteiras formadas pelos
BRICS. A análise por horizonte de tempo indicou que as combinações que incluem
hubs se mostraram consistentemente superiores em todos os horizontes. Em relação aos
prêmios de risco, os resultados evidenciam que os hubs apresentam prêmios de risco
mais estáveis e previsíveis, refletindo a maturidade e eficiência de seus mercados, com
destaque para o SMB positivo e o HmL negativo, refletindo o foco em empresas
menores e de crescimento. Nos BRICS, a maior volatilidade levou a prêmios mais altos
para SMB e CmA, destacando as oportunidades e os riscos associados aos mercados
emergentes. Os resultados dos modelos estimados destacam a relevância de SMB e
HmL como determinantes de retornos nos hubs, enquanto o modelo de seis fatores

parece mais indicado para explicar os retornos nos BRICS. Ao se inserir a pontuação
ESG na análise, observa-se uma superioridade das combinações de carteiras formadas
por EUA, Alemanha, Índia e África do Sul. Esse resultado sugere que essas regiões,
combinadas, oferecem um equilíbrio entre risco e retorno mais favorável. Os piores
desempenhos foram da combinação Japão, Brasil, Índia e África do Sul e, o pior, do
BRICS. A análise dos resultados por horizonte de tempo das carteiras baseadas em ESG
agregado revela que a maioria das combinações de países desenvolvidos apresentou
desempenho superior ao benchmark (SPX). Por outro lado, a combinação BRICS teve
um desempenho inferior às demais em todos os horizontes, superando o benchmark em
apenas 50% das carteiras. Para as carteiras baseadas em ESG segregado, a combinação
BRICS novamente apresentou desempenho inferior em todos os horizontes, superando o
benchmark em apenas 50% no curto e 56,25% no médio e no longo prazo. Os modelos
de precificação reforçaram a diferença na relevância dos fatores de risco entre hubs e
BRICS. Nos hubs, o ESG agregado (WmB) foi altamente significativo, sugerindo que
práticas ESG mais fracas exigem um prêmio de risco maior. Nos BRICS, embora o fator
WmB tenha sido positivo, sua significância estatística foi inconsistente, refletindo a
menor maturidade da integração ESG nesses mercados. Ao analisar os fatores ESG
segregados, nos hubs, o fator ambiental (E-WmB) mostrou maior relevância, enquanto
nos BRICS, o fator social (S-WmB) foi mais significativo. Os resultados destacam que
a incorporação de práticas ESG varia amplamente entre mercados desenvolvidos e
emergentes, com implicações importantes para investidores e formuladores de políticas.
Nos hubs, a integração ESG já é um diferencial consolidado, enquanto nos BRICS, a
adoção gradual pode criar oportunidades de longo prazo.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ABDINARDO MOREIRA BARRETO DE OLIVEIRA
Interno - 1543333 - ANDERSON LUIZ REZENDE MOL
Externa à Instituição - CELINA SANTOS DE OLIVEIRA - UFC
Interno - 2864355 - ISRAEL JOSÉ DOS SANTOS FELIPE
Externo à Instituição - JOÃO VINICIUS DE FRANCA CARVALHO
Notícia cadastrada em: 09/12/2024 16:14
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