ENSAIOS SOBRE EFICIENCIA DAS UNIDADES BASICAS DE SAUDE BRASILEIRAS
Eficiência em Saúde, Data Envelopment Analysis, Atenção Básica.
Este estudo, dividido em três ensaios, examina a eficiência das Unidades Básicas de Saúde (UBS) brasileiras utilizando o Dynamic Data Envelopment Analysis (DDEA). O primeiro ensaio, uma revisão da literatura recente (2020-2024), foca na avaliação da eficiência com o uso do DEA e no impacto da COVID-19. A partir da seleção dos artigos, 33 estudos foram analisados, com os inputs mais frequentes sendo recursos humanos, infraestrutura e recursos financeiros, enquanto os outputs se concentraram em serviços prestados e resultados em saúde. O DEA clássico continua sendo a abordagem predominante, e foi observada uma queda na eficiência dos sistemas de saúde durante a pandemia nos poucos estudos que abordaram esse tema. Isso indica a necessidade de adotar modelos DEA mais avançados e explorar de forma mais profunda o impacto da COVID-19 na eficiência, principalmente no contexto brasileiro. Em seguida, o segundo ensaio realiza uma análise de eficiência de 23.256 UBS entre 2021 e 2023, utilizando o Dynamic DEA. As UBS foram classificadas em quatro grupos de acordo com a composição de profissionais. Os perfis epidemiológicos e sociodemográficos foram considerados como inputs não discricionários, enquanto os outputs incluíram fichas de atendimento, procedimentos e visitas domiciliares. Os resultados mostraram que o perfil da população atendida tem um impacto positivo na eficiência das UBS, enquanto o tipo de município apresentou pouca influência nos escores de eficiência. Conclui-se que a incorporação de variáveis ambientais é essencial para uma avaliação mais precisa da eficiência dessas unidades. No terceiro ensaio, foi avaliada a eficiência dos profissionais essenciais: Agente Comunitário de Saúde (ACS), Técnicos ou Auxiliares de Saúde, Enfermeiros e Médicos alocados dentro de 26.469 UBS no período de 2018 a 2023. Também com o uso do DDEA, os resultados indicaram queda discreta de 2% da eficiência em 2021, seguida de recuperação gradual a partir de 2022.