A INTERTEXTUALIDADE NAS TRÊS SÁTIRAS PARA PIANO DE JOSÉ ALBERTO KAPLAN: ESTUDO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA PERFORMANCE MUSICAL
Intertextualidade. Performance. Kaplan. Piano
O estudo propõe a análise das Três Sátiras para Piano de José Alberto Kaplan, com ênfase na intertextualidade presente na obra, dado a importância de compreender os processos criativos subjacentes à sua construção. A discussão é norteada por autores como Klein (2005), Kaplan (2006), Fonseca (2005), Gomes (1985) e Hatten (1985). Caracterizada como pesquisa documental, o presente trabalho adota uma abordagem analítico-comparativa. O processo investigativo inclui a busca dos termos de associação, por meio de partituras e audição de arquivos multimídia, e analisa aspectos musicais heterogêneos peculiar às obras, como o folclore e acervo cultural. Também se investiga as obras dos compositores referenciados nas sátiras, tais como Dmitri Shostakovitch, Ígor Stravinski, Serguei Prokofiev e Francisco Mignone, resultando em polcas, valsas e marchas. A pesquisa tem por objetivo explorar analiticamente as conexões de intertextos musicais, as referências de contrastes estilísticos e estéticos utilizados pelo compositor, a fim de contribuir para o enriquecimento da interpretação. A análise resultou na identificação de obras de referências para cada movimento das Três Sátiras para Piano (SCHOSTA-POLKA-KOVICH, ValStravinskysa da Esquina e MarPROchaKOFIEV), e na extração dos elementos de significação intertextuais, tais como trechos melódicos, harmônicos e texturas de timbre. Assim, ao evidenciar essas interrelações, espera-se aprimorar a performance e a compreensão da obra.