Tambores da Xambá: Concepções rítmicas e nuances do toque Alujá pra Xangôe sua aplicabilidade à bateria
Cultura africana; Ritmos afro-brasileiros; Alujá.
Este trabalho de pesquisa tem como objetivo principal analisar as matizes rítmicas afro-brasileiras a partir da análise do toque denominado Alujá de Xangô, executado pela Nação Xambá, na cidade de Olinda-PE. A metodologia está dividida, basicamente, em três pontos concomitantes, a saber: 1) análise bibliográfica sobre o candomblé e os respectivos ritmos afro-brasileiros mais especificamente sobre o ritmo Alujá ofertado a Xangô; 2) execução e análise desse ritmo focado nas nuances (semelhanças e diferenças) encontrados em diferentes regiões e terreiros de candomblé no Brasil; 3) adaptações dos padrões executados pelos instrumentos de percussão na bateria enfatizando as peculiaridades extraídas das análises. A metodologia utilizada partiu da análise de vídeos encontrados disponíveis em plataformas de streams assim como das gravações das performances desse ritmo, realizadas durante as entrevistas semiestruturadas com intérpretes e pesquisadores vinculados a Nação Xambá, objeto de análise deste trabalho. Como ferramenta de análise, esses toques estão sendo transcritos e analisados sob o aporte das ferramentas disponíveis no LAPER2ME–Laboratório de Percussão e Performance Mediado por Recursos Tecnológicos da UFRN. O cruzamento desses dados permitirá utilizar tais elementos como ferramentas para análise e execução desse toque afro-religioso, viabilizando que sejam estabelecidas relações (diretas e indiretas) sobre as nuances e particularidades encontradas no processo de sua execução. A partir daí, iremos propor adaptações dos padrões rítmicos aplicando na bateria, enfatizando os elementos que foram coletados.