Taxonomia de Gestos Cênicos Musicais Baseada nas Técnicas Estendidas para Oboé no Contexto da Improvisação Livre
Oboé, Técnicas Estendidas, Gestos Cênicos Musicais, Improvisação Livre, Taxonomia de Gestos Cênicos Musicais.
Esta pesquisa tem como objetivo criar uma taxonomia de gestos musicais cênicos (GMC) a serem utilizados por oboístas, através da investigação das relações intrínsecas (no momento da performance) entre técnicas estendidas e movimentos corporais, no contexto da improvisação livre. Para tanto, busca-se apresentar um breve histórico relacionado aos primórdios da improvisação livre assim como metodologias retiradas das principais referências encontradas na literatura para o estudo das técnicas estendidas, tais como: “Oboe Unbound” de Libby Van Cleve (2004), “The Techniques of Oboe Playing” de Peter Veale e Claus-Steffen Mahnkopf (1994) e “Pro Musica Nova, Studies for Playing Avant-garde Music for the Oboe” de Heinz Holliger (1972). Baseado nas metodologias mencionadas, a pesquisa visa propor a aplicação dos GMC’s na performance da improvisação livre, observando suas definições, estudos e obras já existentes no contexto da música contemporânea. Mais especificamente, selecionamos as composições que englobam o gesto corporal e/ou técnicas estendidas aplicados no oboé, a partir de 1950. Assim, desenvolveu-se uma Taxonomia de Gestos Musicais Cênicos os quais foram implementados durante as performances com o Grupo de Improvisação Livre da UFRN. A coleta dos dados se deu através da gravação e posterior análise das oficinas de experimentação sendo estas gravações das sessões de performances. Durante as sessões, os exercícios com gestos corporais foram determinados por parâmetros como: a) micro-gestos utilizados na execução de técnicas estendidas e/ou b) o som resultante de uma técnica executada. Os resultados preliminares apontam para a criação de uma taxonomia de gestos musicais cênicos, a partir dos seguintes parâmetros: a) comunicação entre os músicos; b) a intenção musical; c) junção de som e gesto; d) realçamento da experiência visual da plateia. A seleção resultante de gestos cênicos foram compilados em uma "taxonomia de gestos cênicos para oboístas", os quais poderão ser utilizados por improvisadores e compositores. A utilização desses GMC, no momento da performance, serão apresentados em obras a serem executadas durante o recital final do autor.