Banca de DEFESA: KARINE FONSECA SOARES DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KARINE FONSECA SOARES DE OLIVEIRA
DATA : 23/03/2021
HORA: 15:00
LOCAL: Sala Virtual (Videoconferência)
TÍTULO:

Carvão ativo da Casca da Castanha de caju como bioadsorvente de metais em Água Produzida.


PALAVRAS-CHAVES:

bioadsorção; metais; resíduos agroindustriais; biomassa e água produzida.


PÁGINAS: 110
RESUMO:

A utilização de biomassa para a produção de bioadsorventes tem ganhando ênfase nas últimas décadas, visto que apresentam uma alta performance e um baixo custo de produção, além de evitar o desperdício do resíduo e minimizar o problema ambiental devido ao seu descarte em local indevido. A casca da castanha de caju (CCC) é um resíduo proveniente do beneficiamento da amêndoa do caju, e este processo é abundante na região nordeste do Brasil. O objetivo desta pesquisa é utilizar a CCC como um bioadsorvente de origem renovável, através valorização deste subproduto e consequentemente promover a economia local com a sua comercialização. O material foi submetido a tratamento térmico e químico, a fim de se obter um bioadsorvente mais eficiente. As caracterizações realizadas no material foram densidade, pH(pcz), Fluorescência de Raio-X (FRX), Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourrier (FTIR), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Em seguida, foram realizados os testes de cinética e isoterma de adsorção em soluções sintéticas mono e multielementares utilizando os metais Cu2+, Pb2+ e Cr3+, todos a temperatura ambiente. As cinéticas de adsorção foram avaliadas por meio dos modelos matemáticos de pseudoprimeira ordem, pseudosegunda ordem e difusão intraparticula e as isotermas foram ajustadas seguindo os modelos de Langmuir, Freundlich e Redlich-Peterson. Em seguida, foi realizado o estudo de adsorção em leito fixo, assim como a regeneração do material. Os íons metálicos residuais foram analisados por espectroscopia de Absorção Atômica (AA). O material tratado com NaOH foi o que obteve a melhor resposta para remoção dos metais, para este material foi realizado o planejamento experimental, a fim otimiza a ativação do material, variando o tempo de contato da base com a biomassa e a concentração de NaOH. Os espectros de FTIR demostram que existem grupos funcionais aniônicos (carboxílicos, hidroxilas e aminas) na superfície do bioadsorvente e as micrografias do MEV mostraram uma superfície heterogênea, irregular e esponjosa, ambas características positivas para adsorção. A massa utilizada para adsorção foi 0,1g com tempo de equilíbrio de 3h. A remoção máxima do Cu2+, Pb2+ e Cr3+ é de 46%, 96% e 56% respectivamente. Na cinética de adsorção o modelo que melhor se ajustou foi o pseudosegunda ordem e sugere a predominância da quimissorção como mecanismo de adsorção. O modelo de Langmuir foi favorável para a adsorção de Cu(II) e Cr(III), já o modelo de Freundlich para o Pb(II), é sugerido que a adsorção química ocorre em mono e multicamadas. O ponto de ruptura foi de 75 mL, 75 mL e 60 mL para o do Cu2+, Pb2+ e Cr3+ respectivamente. A Dessorção dos íons metálicos retidos na coluna foi eficiente usando HCl 1,0 mol/L e o ciclo de regeneração mostrou que pode ser utilizado apenas um ciclo. Desta maneira, conclui-se que o bioadsorvente produzido a partir da casca da castanha de caju apresenta elevado potencial para a remoção de metais e outros contaminantes em efluentes líquidos, visto que não houve tratamento químico e, consequentemente, o custo de produção foi baixo, além de não ter gerado resíduos na solução. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 6347420 - MARCUS ANTONIO DE FREITAS MELO
Externa ao Programa - 1979301 - RENATA MARTINS BRAGA
Externo ao Programa - 1995142 - RODRIGO CÉSAR SANTIAGO
Externa à Instituição - FABIOLA DIAS DA SILVA CURBELO - UFPB
Externo à Instituição - VÍTOR RODRIGO DE MELO E MELO - IFPB
Notícia cadastrada em: 10/03/2021 08:30
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