Banca de DEFESA: JOSE EDVAN DE SOUZA JUNIOR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSE EDVAN DE SOUZA JUNIOR
DATA: 12/12/2014
HORA: 08:30
LOCAL: LOCAL A DEFINIR
TÍTULO:

MANIFESTAÇÕES OCULARES EM MULHERES COM SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS: PREVALÊNCIA E ASSOCIAÇÃO COM FATORES DE RISCO METABÓLICOS E INFLAMATÓRIOS


PALAVRAS-CHAVES:

Síndrome dos ovários policísticos; alterações oculares; retinopatia


PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:

Objetivos: I) Comparar espessura macular e camadas de fibras nervosas da retina (CFNR), II) Comparar as mudanças na pressão intra-ocular (PIO) e III) Estimar a prevalência de alterações do filme lacrimal e da Doença do Olho Seco (DOS), entre mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) e mulheres saudáveis, e, estratificando-as em condições clínicas,metabólicas e inflamatórias. Metodologia: O estudo incluiu 45 mulheres com SOP e 47 mulheres saudáveis ovulatórias submetidas a avaliações clínico-ginecológicas e oftalmológicas, incluindo a medição da espessura macular, da CFNR e parâmetros do disco óptico usando tomografia de coerência óptica de domínio espectral e de alta definição; medida da PIO com tonômetro de contato de Goldmann; e propedêutica para a avaliação do filme lacrimal e diagnóstico de DOS; Resultados: I) a média da espessura da CFNR ao redor do nervo óptico foi estatisticamente mais espessa nas voluntárias com SOP (101,2±12,0) que nas voluntárias saudáveis (97,8±8,8)  (p=0,047); a média da espessura da CNFR superior ao redor do nervo óptico foi estatisticamente mais espessa nas voluntárias com SOP (129,8 ± 19,3) que nas voluntárias saudáveis (122,2 ± 15,0)  (p=0,007). A média da espessura da CFNR macular superior foi estatisticamente mais fina nas voluntárias com SOP (33,1 ± 5,1) que nas voluntárias saudáveis (35,2 ± 6,8) (p=0,025); A mediana da espessura da CFNR macular nasal foi estatisticamente mais fina nas voluntárias com SOP [31,0(28,0-35,0)] que nas voluntárias saudáveis [34,0(30,0-39,0)] (p=0,006); Após estratificação pela presença de resistência insulínica, as médias dos sub-campos das espessuras maculares “superior inner macula” (SIM) [grupo SOP (321,0±12,50) e grupo controle (308,0±11,0)], “temporal inner macula” (TIM) [grupo SOP (306,3±10,0) e grupo controle (294,7±10,1)], “inferior inner macula” (IIM) [grupo SOP (316,9±12,5) e grupo controle (296,2±23,9)], “nasal inner macula” (NIM) ) [grupo SOP (326,7±11,9) e grupo controle (304,2±16,1)],  e “nasal outer macula” (NOM) ) [grupo SOP (303,6±13,6) e grupo controle (284,8±3,8)], foram mais espessas no grupo SOP que no grupo controle (respectivamente p=0,025, p=0,015, p=0,004, p<0,0001, e p=0,002); após estratificação por obesidade, Central subfield (CSF) [grupo SOP (243,0±23,0) e grupo controle (228,1±20,0)], foi mais espessa nas portadoras de SOP que no grupo controle (p=0,038); MANOVA multifatorial demonstrou associação significativa entre Intolerância à glicose e síndrome metabólica, e aumento médio do componente principal 1 (CP1) (p<0,0001) e componente principal 2 (CP2) (p<0,0001), respectivamente, em relação à espessura macular total. Na presença de SOP, houve aumento no escore médio da CP2 (p=0,050), em relação à espessura CFNR no nervo óptico, e na presença de intolerância à glicose, redução no escore médio da CP2 (p=0,050), em relação à espessura da CFNR na mácula. Além disso, houve uma significativa interação entre SOP e intolerância à glicose na diminuição do escore médio da CP1 em relação à espessura da CFNR macular (p=0,029); II) a PIO encontrou-se estatisticamente mais elevada no grupo SOP (14,0 mmHg ± 2,4)  que no grupo controle (12,9 mmHg ± 1,8) (p=0,001), que se manteve após estratificação em síndrome metabólica (p=0,048). MANOVA multifatorial demonstrou associação significativa entre elevação da PIO, Intolerância à glicose/Inflamação (p=0,001), e SOP/Resistência insulínica (p=0,024); III) “Dry Eye Questionare” (p=0,036), “TBUT” (p<0,0001) e Fluorescein Staining (p<0,0001) apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre os grupos estudados.  A prevalência de DOS foi de 42,9% nas portadoras de SOP. MANOVA multifatorial demonstrou associação significativa entre diminuição de TBUT e SOP (p<0,0001), diminuição de TBUT e SOP/ Intolerância à glicose (p=0,049), e diminuição de TBUT e Síndrome metabólica/inflamação (p=0,013). Modelo Linear Generalizado demonstrou relação entre Fluorescein Staining e SOP (p<0,0001), Fluorescein Staining e Obesidade/Inflamação (p=0,004), e Fluorescein Staining e Síndrome metabólica/ Intolerância à glicose (p<0,0001); e, ainda, DOS e SOP (p=0,005), e DOS e Síndrome metabólica (p=0,037); Conclusões: I)  a diminuição na espessura da CFNR macular e aumento da espessura total macular estão associadas às alterações metabólicas, e, o aumento na espessura da CFNR ao redor do nervo óptico estão associadas às alterações hormonais, inerentes à SOP; II) Há uma associação da SOP, suas alterações metabólicas e inflamatórias, com a elevação da PIO; III) Há uma associação da SOP, suas alterações metabólicas e inflamatórias, como alterações do filme lacrimal e prevalência da DOS.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1348383 - GEORGE DANTAS DE AZEVEDO
Interno - 1149381 - ANA CRISTINA PINHEIRO FERNANDES DE ARAUJO
Externo à Instituição - ELVIRA MARIA MAFALDO SOARES - UFRN
Externo à Instituição - FRANCISCO IROCHIMA PINHEIRO - UnP
Externo à Instituição - GUSTAVO SALATA ROMÃO - URP
Notícia cadastrada em: 11/12/2014 14:37
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