Banca de DEFESA: AMANDA ALMEIDA GOMES DANTAS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : AMANDA ALMEIDA GOMES DANTAS
DATA : 28/08/2025
HORA: 08:30
LOCAL: REMOTA - https://meet.google.com/phj-ieyn-hwk
TÍTULO:

DESIGUALDADES NO DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E MORTALIDADE POR CÂNCER COLORRETAL NO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Câncer de colorretal; Diagnóstico; Tratamento; Mortalidade; Determinantes sociais da saúde; Desigualdades em saúde; Epidemiologia.


PÁGINAS: 186
RESUMO:

Conhecer as desigualdades no diagnóstico, no acesso oportuno ao tratamento e na mortalidade por câncer colorretal (CCR) permite compreender a dinâmica dessa doença tanto em nível individual quanto populacional. O objetivo desta tese foi analisar o estádio, tratamento e a mortalidade por câncer colorretal e sua relação com o contexto socioeconômico e de oferta de serviços de saúde no Brasil. Para isso, foram desenvolvidos três estudos observacionais do tipo transversal e ecológico. Os dados individuais referentes ao diagnóstico do câncer foram obtidos do Integrador dos Registros Hospitalares de Câncer (RHC). As informações sobre mortalidade foram extraídas do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). As variáveis contextuais socioeconômicas foram obtidas no Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil e no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Já os dados sobre a oferta de serviços de saúde foram coletados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e no Sistema de Informações Ambulatoriais de Saúde (SIA). Para a análise do diagnóstico em estádio avançado, foi utilizado um modelo de regressão de Poisson multinível com intercepto aleatório. A prevalência de estádio avançado no momento do diagnóstico do CCR (III e IV) foi de 65,6%. Esse desfecho foi associado a faixas etárias mais idosas e mais jovens, ao baixo índice de desenvolvimento humano (IDH), e baixa densidade de equipe de estratégia de saúde da família. Na avaliação do cumprimento da janela de 60 dias para início do tratamento, também foi aplicado um modelo de Regressão de Poisson multinível com intercepto aleatório. 42,1% dos pacientes apresentaram atraso para início do tratamento. O atraso esteve associado à idade mais jovem, raça não branca, baixa escolaridade, localização do tumor retal, encaminhamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e recebimento de tratamento fora do município de residência do paciente.A análise espacial foi conduzida por meio do Índice de Moran Global e do Indicador Local de Associação Espacial (LISA). Na análise multivariada, utilizou-se regressão espacial com modelos de efeitos espaciais globais, especificamente o modelo Spatial Error. A taxa ajustada de mortalidade por CCR para o sexo feminino foi 11,25 e a masculina 14,29 por 100.00 habitantes. As taxas ajustadas de mortalidade por CCR foi associada ao índice de vulnerabilidade social, densidade de clínico geral, de coloproctologista ede serviços especializados em oncologia. Os achados do conjunto de estudos evidenciam a determinação social no diagnóstico em estádio avançado, no atraso no início do tratamento e na mortalidade por CCR no Brasil. Esses resultados reforçam a necessidade de avaliar e reorientar as políticas públicas, com foco na ampliação da detecção precoce, na garantia do acesso oportuno ao tratamento. Tais estratégias são fundamentais para promover avanços concretos na redução das iniquidades em saúde e na melhoria dos desfechos relacionados ao CCR no país.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3926907 - DYEGO LEANDRO BEZERRA DE SOUZA
Interna - 2495705 - GRASIELA PIUVEZAM
Externa ao Programa - 2305247 - ISABELLE RIBEIRO BARBOSA MIRABAL - UFRNExterna à Instituição - CRISTIANE MURTA RAMALHO NASCIMENTO - UNESP
Externa à Instituição - MARIA TERESA BUSTAMANTE TEIXEIRA - UFJF
Notícia cadastrada em: 30/07/2025 14:33
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