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Banca de QUALIFICAÇÃO: ANA BEATRIZ DE SOUZA PEREIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANA BEATRIZ DE SOUZA PEREIRA
DATA : 24/01/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO: CONTAR O SERTÃO: A MEMÓRIA DO TRAUMA DITATORIAL BRASILEIRO NO ROMANCE OUTROS CANTOS (2016), DE MARIA VALÉRIA REZENDE
PALAVRAS-CHAVES: Sertão. Memória. Trauma. Ditadura civil-militar. Maria Valéria Rezende.
PÁGINAS: 50
RESUMO: Em 1964, as regiões centro-oeste, sul e sudeste do país anunciaram o início do golpe civil-militar que, com rapidez, se tornaria um rigoroso regime de duas décadas. Nesse ínterim, no campo, com a tradicional pistolagem, prevalecia a violência privada dos coronéis, apoiados pelos seus jagunços particulares e pelas polícias estaduais (Napolitano, 2014). Diante desse panorama, duas perguntas norteiam esta discussão: de que maneira a memória, enquanto mecanismo narrativo, e a experiência traumática do regime cívico-militar são retratadas na literatura brasileira contemporânea? E como se deu esse episódio fora dos grandes centros urbanos, ainda que ficcionalmente, no nordeste do país, em especial no sertão? A fim de responder tais questionamentos, esta pesquisa objetiva investigar, a partir da memória como um dispositivo narrativo, o regime ditatorial brasileiro (1964-1985) como uma experiência traumática representada na literatura brasileira contemporânea, especificamente no romance Outros cantos (2016), da escritora Maria Valéria Rezende. Sendo assim, este estudo é sustentado por uma análise de cunho qualitativo e interpretativista, que consiste em, dialeticamente, articular o texto literário e a realidade histórica, partindo da leitura do romance para o contexto social e cultural (Candido, 2014). Para tanto, o referencial teórico utilizado é composto por autores que versam sobre a definição e o debate acerca da memória, bem como da noção de trauma, entre eles: Pollak (1989; 1992), Halbwachs (2006), Gagnebin (2006), Sarlo (2007), Seligmann-Silva (2008) e Freud (2010); além da própria fortuna crítica da obra e de teóricos que refletem sobre as categorias de narrador, personagem, tempo e espaço, como Dalcastagnè (2005) e Ginzburg (2012). À vista disso, é concebível afirmar que esta narrativa evidencia as marcas e as consequências da ditadura civil-militar presentes na atualidade, sobretudo nesta produção literária contemporânea. Ademais, é possível depreender o regime e seus desdobramentos como uma vivência traumática, não só para o sujeito do sul e sudeste do Brasil, mas também para o sujeito nordestino, que atua como pano de fundo na expressão desta memória de repressão e opressão.
MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2312500 - MAURO DUNDER
Externa ao Programa - 1223367 - JULIANE VARGAS WELTER - UFRNExterna à Instituição - SILVANNA KELLY GOMES DE OLIVEIRA - UFPB
Notícia cadastrada em: 14/01/2025 13:50
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