ESTRUTURA E DINÂMICA DO COMPONENTE ARBUSTIVO-ARBÓREO EM UMA FLORESTA TROPICAL SAZONALMENTE SECA SOB MANEJO FLORESTAL, MACAU-RN
ciclo de corte; regeneração natural; fitossociologia
Considerando a importância de se avaliar a compatibilidade entre o sistema de exploração usualmente empregado na Caatinga e o processo de regeneração da vegetação, de identificar a dinâmica de crescimento do componente arbóreo-arbustivo e averiguar a perda de diversidade florística, este estudo objetiva caracterizar o componente arbustivo-arbóreo e indivíduos do estrato regenerativo, em quatro talhões com idades de nove, 12, 16, 20 e 26 anos pós-exploração, submetidos aos regimes de corte raso e seletivo. Para o componente adulto, foram mensurados os indivíduos com CAP ≥ 6 cm, em parcelas permanentes de 20 x 20 m e, para os indivíduos do estrato regenerativo (nas subparcelas de 5 x 5 m), considerou-se altura superior a 0,5 m e CAP < 6,0 cm. A análise dos dados foi realizada por meio da estimativa de parâmetros absolutos e relativos de frequência, densidade e dominância, valor de importância, índices de diversidade e volumetria. Foram inventariadas 10 espécies, distribuídas em quatro famílias, destacando-se: Croton blanchetianus, Pityrocarpa moniliformis, Cenostigma pyramidale e Piptadenia retusa, pela elevada densidade. A análise dos dados parciais da estrutura possibilitou observar disparidade entre os tratamentos. Sobretudo, nos parâmetros estruturais de densidade (CS1 – 1.812,5 ind ha-1; CS3 – 1.637,5 ind ha-1; CR – 1.525 ind ha-1; CS2 – 1.475 ind ha-1), dominância (CS2 – 5,38 m² ha-1; CS3 – 4,91 m² ha-1; CR – 3,67 m² ha-1; CS1 – 3,46 m² ha-1) e estratificação vertical. Cujo destaque foi conferido aos tratamentos CS2 e CS3. Inicialmente, é possível verificar melhores condições estruturais na área de vegetação submetida ao manejo de corte seletivo, em detrimento ao sistema de corte raso, comumente empregado na Caatinga.