Produção e alocação de biomassa e eficiência nutricional de um clone de eucalipto em função da densidade populacional, na região litorânea do RN.
Espaçamento de plantio, Eucalyptus urograndis, coeficiente de utilização biológica, distribuição de biomassa, delineamento sistemático.
Neste experimento foi avaliado o efeito de diferentes densidades populacionais sobre a produção e alocação de biomassa e eficiência nutricional de um clone de eucalipto. Foram testadas doze densidades populacionais, variando de 498 a 13,333 plantas por hectare. As avaliações foram realizadas quando as árvores tinham 36 meses de idade, determinando-se a produção total de biomassa e a alocação de biomassa por planta (kg planta-1) e por área (t ha-1) e teor, conteúdo e eficiência nutricional de N, P, K, Ca, Mg e S para os componentes folhas, galhos, casca e lenho. Os dados foram submetidos a análise de variância e teste F, sendo ajustadas equações de regressão. Os valores de biomassa total e biomassa do lenho por hectare decresceram com a redução da densidade de plantas, e os valores de biomassa total e biomassa do lenho por planta aumentaram com a redução na densidade populacional. A alocação proporcional de biomassa para folhas e galhos aumentou com a diminuição da densidade de plantas, enquanto a alocação proporcional de biomassa para madeira reduziu. A maior produção de biomassa aérea por planta (119,5 kg planta-1) foi obtida na densidade de 2,564 árvores ha-1. A maior densidade de plantas, 13.333 árvores ha-1, proporcionou a maior produção de biomassa total (205,5 t ha-1) e de madeira (159,64 t ha-1) por unidade de área. Com a redução da densidade populacional observou-se aumento linear no teor de N e S nos galhos e lenho e no teor de Ca nos galhos; aumento no teor de N nas folhas e de N, Ca, Mg e S na casca. Os teores de P e K apresentaram comportamento quadrático em função da densidade populacional. O conteúdo dos macronutrientes tendeu a decrescer conforme diminuiu-se a densidade populacional. O lenho foi o componente que apresentou os maiores valores de eficiência nutricional, que tendeu a decrescer com redução na densidade de plantas, sendo o Ca o único macronutriente que não apresentou efeito neste último parâmetro. De maneira geral, a diminuição da densidade de plantas causou aumento no teor de alguns macronutrientes, principalmente na casca. Causou redução no conteúdo e eficiência nutricional, sobretudo para a produção do lenho.