DURABILIDADE NATURAL DAS MADEIRAS DE Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. E Mimosa caesalpiniifolia Benth.
biodeterioração, ensaios de campo, extrativos, semiárido
O conhecimento das características e durabilidade da madeira de cada espécie é de suma importância para que se possa dar uma melhor destinação destas. Para tanto, este trabalho visou determinar a durabilidade natural de espécies madeireiras da Região Caatinga, a Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir. (jurema-preta) e Mimosa caesalpiniaefolia Benth. (sabiá), em ensaio de campo de apodrecimento de madeiras. O campo de apodrecimento foi implantado em uma Área de Experimentação Florestal, localizada no município de Macaíba-RN. Neste, foram introduzidas amostras em dois formatos: estacas com dimensões de 5,0 x 2,5 x 50,0 centímetros (radial x tangencial x longitudinal), e peças roliças com 1 metro de comprimento e diâmetro médio entre 10 e 15 centímetros. Ambas as peças, foram enterradas no solo até metade do comprimento, onde foi utilizado o delineamento de blocos casualizados. Foram realizadas avaliações anuais para determinar o índice de deterioração e o índice de susceptibilidade à deterioração. Em conjunto às análises, foi avaliado no campo o estado da casca das amostras, a dureza da madeira no solo e na parte aérea e a presença de rachaduras longitudinais na madeira, além de que serão realizados posteriormente a perda de massa dos corpos de prova e a extração e quantificação de taninos. Os resultados de 3 anos de avaliação do ensaio possibilitam compreender que ambas espécies madeireiras apresentam boa qualidade e durabilidade de acordo com suas propriedades naturais, apresentando resultados variados sob diferentes análises. Ademais, ambas apresentaram resistência similar, tal qual um eucalipto tratado. Desse modo, ainda se faz necessário avaliar as espécies por um maior período no campo de apodrecimento.