DIAGNÓSTICO DA EXPLORAÇÃO DE LENHA EM PLANOS DE MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL NA CAATINGA DO RIO GRANDE DO NORTE
Energia renovável; Madeira; Região Nordeste.
Este trabalho teve como objetivo diagnosticar a exploração de lenha em áreas com Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) na Caatinga do Estado do Rio Grande do Norte. A coleta dos dados foi realizada por meio de entrevistas com os proprietários das áreas com PMFS e aplicação de questionário. A amostragem foi composta por 30 PMFS. Cerca de 63,3% dos PMFS têm área até 750 ha, com produtividade variando entre 83 e 263 st/ha. A maioria (70%) tem até três anos de atividade de exploração e o principal produto explorado foi a lenha para consumo direto. O corte da lenha foi terceirizado em 83,3% das áreas e realizado pelos proprietários nas demais. Grande parte dos proprietários (43,3%) encontrou dificuldade para contratação de pessoal capacitado para o corte, que foi realizado com motosserra em 66,7% das propriedades e com machado e foice em 13,3%. Em 30% das áreas havia exploração ilegal de lenha antes do PMFS e em 63,3% das propriedades a Reserva Legal foi demarcada por ocasião da elaboração do PMFS, demonstrando que a atividade contribui para a conservação florestal. Para 87,7% dos proprietários entrevistados o manejo florestal sustentável é economicamente interessante. Em relação às principais dificuldades encontradas, 80% dos proprietários citaram a falta de fiscalização da exploração e do comércio de lenha clandestina e os demais citaram a demora da autorização pelo órgão ambiental para o início das atividades de exploração. O alto percentual de satisfação se deve à geração de renda pela atividade. Entretanto, a insatisfação está diretamente relacionada com as dificuldades encontradas.