EFEITOS DAS TERAPIAS PARA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR SOBRE A POSTURA CRANIOCEVICAL
disfunção temporomandibular, desordem temporomandibular. síndrome da disfunção temporomandibular, postura
O objetivo do presente estudo foi avaliar se as terapias de placa oclusal, fisioterapia e aconselhamento, empregadas para o tratamento da disfunção temporomandibular (DTM), alteram a postura craniocervical. Trata-se de um ensaio clínico randomizado controlado cego, onde foram incluídos sujeitos previamente diagnosticados com DTM por meio do RDC/TMD (Research Diagnostic Criteria). Os pacientes foram sorteados entre quatro grupos de tratamento: placa oclusal (PO, n=19), fisioterapia (F, n= 23), aconselhamento (AC, n=17) e placa associada ao aconselhamento (PAC, n= 13), totalizando 72 indivíduos. Para a análise postural, uma teleradiografia foi realizada a fim de observar a distância occipto-atlas (DOA, normal entre 4 e 9mm), a relação craniocervical (ACR, normal entre 96º e 106º) e o posicionamento do osso hioide (Triângulo Hióide - TH, normal de 5mm com vértice para cima). Os traçados foram realizados nas imagens utilizando-se o Software CorelDraw X6 (2012 Corel Corporation, Canadá). Os dados obtidos foram submetidos aos testes de McNemar e Qui-quadrado (α=5%). Os resultados mostraram que não houve diferença estatisticamente significativa para as variáveis analisadas quanto as diferentes terapias ao longo do tempo, todas apresentando valores de p maiores que 0,05. Exceto para o grupo placa na variável TH (p=0,013) e grupo AC na variável ACR (p=0,039) Conclui-se que as terapias aplicadas não influenciam na postura craniocervical de forma geral.