Palavras-chave: Exercício Físico, Comportamento Sedentário, Tempo de Tela, Professores, Saúde Percebida. 

INTRODUÇÃO: A pandemia do COVID-19 levou os professores a migrarem dos métodos educacionais tradicionais para o trabalho remoto. OBJETIVO: Investigar o papel do exercício físico e do comportamento sedentário relacionado à tela nas condições de saúde de professores que trabalhavam em casa durante a pandemia de COVID-19. MÉTODOS: Neste estudo transversal, 14.979 professores de escolas públicas de Minas Gerais, Brasil, com idade idades entre 21 e 77 anos, responderam um questionário online. Foi avaliado o volume de exercício físico (frequência e duração) e o tempo gasto em comportamento sedentário relacionado à tela (tempo assistindo TV e uso de computador/tablet). O questionário foi utilizado para avaliar a percepção de saúde, qualidade de vida, tristeza e ansiedade. Os professores foram categorizados como inativos quando não acumulavam um mínimo de 150 minutos de exercício físico por semana. O comportamento sedentário relacionado à alta tela foi definido como passar mais de 4 horas por dia na frente de uma tela. RESULTADOS: A regressão logística ordinal sugere que, independentemente do tempo de TV, os professores inativos eram mais propensos a relatar saúde muito ruim (OR = 1,07; IC = 0,96-1,19), qualidade de vida ruim (OR = 0,99; IC = 0,88 - 2,14), e sentimentos frequentes de tristeza (OR = 1,45; IC = 1,30 – 1,61) e ansiedade (OR = 1,48; 1,33 – 1,65). Um cluster de inatividade e alto tempo de tela foi associado a piora da saúde muito ruim e qualidade de vida muito ruim, enquanto o cluster de inatividade e baixo tempo de tela foi associado a saúde e qualidade de vida muito ruins. CONCLUSÃO: O descumprimento da recomendação de exercício físico está associado à percepção negativa da saúde dos professores, que pode ser exacerbada pelo tempo excessivo em comportamento sedentário associado ao tempo de tela.