Dinâmica demográfica e criminalidade violenta
Estrutura etária; Homicídio; Região metropolitana; Tábuas de vida
A violência tem apresentado cenários distintos entre regiões metropolitanas do Brail ao mesmo tempo em que passa por mudanças no contingente populacional. Nesse sentido, uma relevante discussão diz respeito a mudança na estrutura etária dessas populações e ao impacto da criminalidade violenta na esperança de vida. Portanto o trabalho tem dois objetivos principais: um de verificar o efeito da estrutura etária nas taxas brutas de mortalidade por homicídio, através de padronização por diferentes estruturas etárias para o período de 2000 a 2010 e o outro de verificar o efeito da mortalidade por homicídio na esperança de vida. Para tanto, exercícios empíricos foram realizados em três regiões metropolitanas brasileiras: de São Paulo (RMSP), de Recife (RMR) e de Natal (RMN). São realizados alguns exercícios para analisar o impacto da estrutura por idade da população nas taxas de mortes intencionais: primeiro utiliza-se a própria população da região metropolitana (RM) do ano de 2000 como padrão para os demais anos da série; em seguida utiliza-se a população do ano de 2010 como padrão em todos os anos; num terceiro exercício aplica-se em todos os anos, para cada RM em estudo, uma projeção populacional para 2020 da região metropolitana de São Paulo (RMSP) e no último exercício usa como padrão as populações etáveis geradas para cada região metropolitana (RM). Os resultados mostram que variações na estrutura etária impactam na taxa de homicídio, diminuindo se a região tem diminuição relativa da população entre 15 e 34 anos, ou amentando se aumenta a população nos grupos de risco. E para verificar os ganhos na esperança de vida dessas regiões metropolitanas com a eliminação das mortes por homicídio serão produzidas tábuas de vida de múltiplos decrementos.