DIFERENCIAIS DE MORTALIDADE POR NÍVEL EDUCACIONAL NO BRASIL E REGIÕES
Palavras chaves: Mortalidade, Diferenciais de mortalidade por escolaridade, Diferencial
Regional.
Uma vasta literatura mostra que pessoas com nível educacional mais elevado tende a
possuir menor risco de morte (Muller, 2002; Brown et al 2012; Caldwell ,1979;
Monteiro,1990; Santos e Noronha, 2001; Cordeiro, 2001). Estudos sobre as
desigualdades da mortalidade por nível de instrução no Brasil ainda são bem
específicos, é o caso de Cordeiro (2001), que estuda a mortalidade dos trabalhadores
intelectuais e braçais de Botucatu-SP; Pérez (2010) que se detém apenas para
mortalidade adulta feminina por nível de escolaridade; Fernandes (1970) estuda a
mortalidade em regiões metropolitanas e não metropolitanas do Brasil, segundo a
escolaridade das mães. Segundo Pérez (2008) ainda se sabe muito pouco sobre o
gradiente da mortalidade no Brasil segundo o nível educacional, devido a falta de
informações sobre a escolaridade bem preenchidas nos registros de óbitos oriundos do
Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM). Sabe-se que
conhecer esse diferencial de mortalidade é de suma importância para ações públicas de
saúde e sociais. Diante desse cenário, esse trabalho vem contribuir para a literatura
nacional, a respeito do comportamento dos diferenciais de mortalidade por nível de
instrução nas Grandes regiões Brasileiras assim como, para o Brasil como um todo. A
proposta desse trabalho é utilizar os dados do novo quesito de mortalidade do Censo
Demográfico 2010 (CD 2010), assumindo as características do Chefe do domicílio para
os óbitos ocorridos no mesmo, assim considera-se que a probabilidade de mortalidade é
homogenia dentro do domicílio. Obtendo estas informações, tem-se uma prox da
mortalidade segundo o nível educacional para o ano de 2010. De posse dos eventos de
óbitos, quando necessário corrigir a sub enumeração desses registros através do método
Bennet e Horiuchi Ajustado (Bennett & Horiuchi 1981; Hill, 1987; Hill e Choi, 2004).
Diante dos óbitos corrigidos, são construídas tábuas de vida por sexo e nível de
instrução para todas as regiões do Brasil.