Banca de DEFESA: MARCELO COELHO DE SÁ

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARCELO COELHO DE SÁ
DATA : 26/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência via gerência de redes do CCET/UFRN
TÍTULO:

PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS DE PLANOS DE SAÚDE MÉDICO-HOSPITALAR NO BRASIL: contribuição do envelhecimento populacional e do pacto intergeracional para a espiral crescente da seleção adversa de beneficiários na saúde suplementar


PALAVRAS-CHAVES:

saúde suplementar; envelhecimento; pacto intergeracional; seleção adversa; projeção populacional


PÁGINAS: 255
RESUMO:

O fenômeno do envelhecimento no Brasil encontra-se em um ritmo acelerado, provocando, em um curto espaço de tempo, efeitos maiores do que os observados em outros países. O formato tipicamente triangular da pirâmide populacional, com uma base alargada, está cedendo lugar a uma pirâmide populacional característica de uma sociedade em acelerado processo de envelhecimento. A saúde suplementar do Brasil está inserida neste contexto, ao apresentar nos últimos 20 anos um expressivo envelhecimento da carteira de beneficiários. Adicionalmente ao envelhecimento populacional, é importante considerar três particularidades que agravam os desafios da saúde suplementar: a seleção adversa, o pacto intergeracional e a variação do custo médico hospitalar, especificidades que atuam de maneira concomitante e cíclica. Diante disso, o objetivo desta pesquisa é projetar a cobertura dos planos de saúde médico-hospitalares do Brasil até o ano de 2050, aferindo neste período a velocidade, a magnitude e o momento de inflexão desta transformação, assim como a relevância de cada especificidade neste processo, em especial, o envelhecimento populacional. A hipótese desta pesquisa é de que o envelhecimento da população brasileira será o principal catalizador de uma espiral crescente da seleção adversa, a qual provocará, por conseguinte, o envelhecimento dos beneficiários da saúde suplementar e a redução da cobertura. Para atingir o objetivo proposto, foram estudadas as principais variáveis que influenciam a cobertura dos planos, conhecimento este que possibilitou o estabelecimento de premissas e a modelagem de equação de regressão preditora da cobertura, elementos estes que reunidos viabilizaram a construção de um sistema automatizado de projeção da cobertura dos planos de saúde, o qual, além de estimativas de longo prazo, permitiu a realização de testes sob os mais diversos cenários. Os resultados apontam uma perspectiva negativa, sendo estimada que atual cobertura dos planos de aproximadamente 25% diminuirá para menos de 10% até a década de 2050. Esta predição negativa tem como força motriz a tendência de que o preço do plano é reajustado em um ritmo mais acelerado do que a renda domiciliar, acontecimento este cujo principal responsável é a VCMH, tendo o envelhecimento populacional se revelado coadjuvante neste processo, fenômeno este explicado pela surpreendente descoberta de que o pacto intergeracional instituído em 2003, no geral, nunca atuou e nunca atuará como mecanismo de seleção de adversa, visto que a regulamentação da ANS surtiu efeito contrário ao pretendido, uma vez que ampliou a solidariedade intrageracional entre os idosos “jovens” e os mais longevos, ao passo que minguou o pacto intergeracional. Por outro lado, é importante registrar que os experimentos realizados nesta pesquisa demonstram que se o pacto intergeracional realmente estivesse acontecendo, os efeitos deste mecanismo têm o potencial de levar à saúde suplementar do Brasil à bancarrota.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANA CAROLINA MAIA - USP
Externo à Instituição - CÁSSIO MALDONADO TURRA - UFMG
Interno - 1016026 - JOSE VILTON COSTA
Interna - 1715284 - LUANA JUNQUEIRA DIAS MYRRHA
Presidente - 2002253 - MARCOS ROBERTO GONZAGA
Notícia cadastrada em: 07/08/2024 15:05
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