RELACAO ENTRE OS SISTEMAS CONVECTIVOS E OS DESASTRES NATURAIS NO BRASIL
modelo conceitual, distribuição espacial, sazonalidade, clusterização.
Neste estudo são analisadas as relações entre os sistemas convectivos (SC) com os desastres naturais (DN) no Brasil entre os anos de 1988 a 2020. Nesta análise serão avaliadas a distribuição espacial, sazonalidade, características físicas e morfológicas dos SC por meio dos dados provenientes do ISCCP-Tracking (1988 a 2002) e do TOOCAN/CACATOES (2012 - 2020) e de desastres naturais com base nos dados provenientes da plataforma do S2ID, no período de 1991 a 2023. O objetivo final consiste em desenvolver modelos conceituais para a ocorrência de desastres naturais em cada região do país em decorrência da atuação de SC. Os resultados mostram que a distribuição espacial média de SC apresenta os maiores valores entre os meses da primavera (SON) e do verão (DJF), também pode-se notar que nestes meses com valores máximos encontram-se no sentido noroeste-sudeste, o que é característico da atuação de ZCAS. É possível deduzir a atuação de outros sistemas de escala sinótica como a ZCIT e VCAN Palmer nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, já que os valores máximos de SC coincidem com a climatologia da atuação deles nestas regiões. Foi possível identificar dentro do território brasileiro nove grupos de SC com comportamento sazonal similar, e analisando as características físicas e morfológicas dos SC cada grupo notou-se que os grupos que estão situados na região Norte apresentam SC com maior tamanho, maiores percentuais de fração convectiva, e além disso as menores temperaturas de brilho em comparação aos demais grupos.