Desregulação das respostas ao estresse em ratos VPA juvenis: insights sobre a reatividade autonômica e comportamental no transtorno do espectro autista
rato VPA, estresse, sistema autonômico, comportamento.
Uma resposta eficaz às mudanças ambientais é essencial para a sobrevivência humana,
e o desenvolvimento infantil desempenha um papel crucial na formação de
comportamentos adultos apropriados por meio da integração de informações
sensoriais, estados internos (como fome e dor), experiências passadas e antecipações
futuras. Transtornos de estresse, marcados por preocupação e medo excessivos, são
comumente observados entre indivíduos com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Ratos expostos pré-natalmente ao VPA são usados como modelo para TEA. Para
investigar possíveis alterações nos sistemas de estresse do TEA, este estudo avaliou as
respostas autonômicas e comportamentais a estímulos táteis, nociceptivos e sociais
em ratos VPA juvenis. Nossos resultados demonstram uma complexa desregulação das
respostas ao estresse em ratos VPA. O Capítulo 1 revelou que ratos VPA apresentam
desregulação do sistema autonômico, maior suscetibilidade e habituação prejudicada
ao estresse tátil leve, semelhante aos padrões em crianças com TEA, sugerindo a
utilidade do modelo para estudar a reatividade autonômica e a suscetibilidade ao
estresse em humanos. O Capítulo 2 revelou que ratos VPA exibem respostas
comportamentais a estímulos dolorosos semelhantes, mas atrasadas, em comparação
a ratos controle, indicando maior resiliência dos animais VPA a esse tipo de estresse.
Em contraste, o Capítulo 3 mostrou que ratos VPA exibiram um comportamento de
congelamento mais rápido e sustentado sob estresse social, com um déficit de
habituação, alinhando-se com os desafios sociais no TEA. Esses resultados destacam o
aumento da suscetibilidade geral dos ratos VPA a estímulos inócuos indutores de
estresse e déficits de habituação significativos, mas respostas mais lentas a estímulos
nociceptivos, ilustrando a complexidade das respostas ao estresse. O estudo ressalta a
utilidade do modelo de rato VPA para melhor compreendermos e conduzir a
abordagens que amenizem a reatividade ao estresse relacionada ao TEA.