Visualização da dinâmica de cálcio em circuitos neurais de camundongos com mini microscópios de epifluorescência e lentes cronicamente implantadas
Imageamento de cálcio; GCaMP; Miniscope
Os neurônios são elétrica e quimicamente excitáveis, quando excitada suficientemente, diversos íons rapidamente movimentam-se através da membrana, despolarizando-a. Dentre esses íons, o Ca2+ é o único que além da participação no potencial de ação também é biologicamente ativo, participando em diversos eventos celulares, funcionando principalmente como um mensageiro celular. Estudar o papel do Ca2+ nos diversos eventos foi possível através do desenvolvimento de técnicas que permitiram aferir sua dinâmica, como o desenvolvimento de ferramentas ópticas, sendo a primeira geração compostas por corantes e posteriormente, com o advento da engenharia molecular, os indicadores de cálcio codificados genéticamente (GECIs), sendo estes compostos pela hibridização de uma proteína fluorescente ligada proximamente a uma proteína sensor. Desde os primeiros corantes até os GECIs mais atuais, muitos avanços foram feitos no que se trata de aumento da resolução temporal e espacial, sensibilidade ao Ca2+, resistência ao photobleaching, diminuição da fototoxidade e alta relação sinal/ruído. Entretanto, preparações in vivo em mamíferos continuaram sendo um desafio. Atualmente, um dos GECIs mais utilizados são as variantes do GCaMP, que é composto pela calmodulina, como proteína sensor, ligada a uma proteína fluorescente verde (GFP). Nesse trabalho iremos avaliar a expressão do GCaMP com diferentes promotores virais e os sinais de cálcio in vivo, em registros realizados com camundongos adultos andando em diferentes velocidades em esteira, com uso de lentes cronicamente implantadas e câmeras de epifluorescência.