ÉTICA E DEONTOLOGIA DO FOTOJORNALISMO:
ESTUDO DE CASO SOBRE A PRÁTICA FOTOJORNALÍSTICA CONTEMPORÂNEA NOS CONFLITOS DO COMPLEXO PENITENCIÁRIO ANÍSIO JOBIM (AM) E DA PENITENCIÁRIA ESTADUAL DE ALCAÇUZ (RN)
Fotojornalismo. Conflito. Direitos. Mídia. Privados de liberdade.
Realizamos um estudo de caso sobre a conduta profissional dos fotojornalistas, à luz dos direitos e preceitos éticos envolvidos nos conflitos, nas unidades prisionais Complexo Penal Anísio Jobim (AM) e Penitenciária Estadual de Alcaçuz (RN), ocorridos em janeiro de 2017. Contextualizamos os dois casos estudados (AM e RN) e refletimos a partir dos códigos, leis e condutas que envolvem a profissão do fotojornalista. Propomos uma contribuição à deontologia do fotojornalismo, com base na análise das questões éticas e dos direitos que envolvem a imprensa, a população carcerária e seus familiares. Na coleta de dados, entrevistamos seis fotojornalistas e um jornalista afim de estruturar material suficiente para o entendimento da conduta dos profissionais. Metodologicamente nos baseamos no estudo de caso descritivo (GIL, 2008) e como resultado percebemos a evidência de práticas fotojornalísticas tanto transgressoras de direitos, quanto preocupadas com a imagem e com a exposição do outro. Em vista disso, observamos a ausência do Estado na manutenção dos direitos dos privados de liberdade e de suas respectivas imagens. Inferimos que a contemporaneidade nos provoca a pensar novos modos de atuação profissional na mídia, nos quais a ética e os direitos básicos devem ser garantidos para manutenção da dignidade humana.