CONVERGÊNCIA E TEIA NARRATIVA: a dinâmica do jornalismo como lugar de memória
Memória. Jornalismo. Convergência. Narrativa transmídia.
A proposta deste trabalho é avaliar o cenário jornalístico, e a maneira como o jornalismo se comporta em seu papel de lugar de memória, diante da atual conjuntura das redações, dispostas a partir da cultura da convergência e aos reflexos nas práticas sociais. Atua-se com reflexões a partir de teorias e autores – como Flores e Renó (2012), Halbwachs (1990), Jenkins (2008), Fechine et al. (2012), Moloney (2011), Nora (1984), Ricoeur (2007). Para debater o assunto, optou-se pela análise de conteúdo a partir de um estudo de caso de produtos veiculados pelo Jornal O Globo na cobertura da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013). Estão no levantamento, textos, gráficos e imagens veiculadas entre os dias 20 e 30 de julho de 2013 pela edição impressa do jornal, assim como seu site, a versão exclusiva para tablet, O Globo a Mais, e o E-book Os Encantos de Francisco, assim como postagens na rede social Facebook do periódico. A partir de uma coleta e dados e de técnicas de pesquisa qualitativa, como a entrevista, avaliamos conteúdo produzido pelo O Globo para diversas plataformas apontando a relação das estratégias utilizadas pela empresa com as estratégias de transmidiação trabalhadas por Fechine et al. (2012) e com os princípios do jornalismo transmídia elaborados por Moloney (2011). Os diálogos entre o que se aponta na cobertura do O Globo e no corpo teórico desta dissertação são expostos a fim de proporcionar uma visão do jornalismo, diante do contexto da convergência, como uma prática social efêmera, mas que, embora esteja inserida nos avanços tecnológicos, mantém aspectos tradicionais da produção de informação, como os critérios de noticiabilidade.