Banca de DEFESA: MADJA ELAYNE DA SILVA PENHA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MADJA ELAYNE DA SILVA PENHA
DATA : 20/09/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório I do DECOM
TÍTULO:

A feminae oeconomicus no Brasil: uma gestão empresarial de si na mídia


PALAVRAS-CHAVES:

Feminae oeconomicus; empresária de si; discurso; neoliberalismo; dispositivo midiático


PÁGINAS: 122
RESUMO:

No percurso de uma racionalidade econômica, Michel Foucault (2022) encontra uma nova subjetividade governada por lógicas de mercado: um eu-empresa, um homo oeconomicus. Por uma rejeição dos universais, a partir de um recorte de gênero, esta pesquisa a delineia feminae oeconomicus, uma empresária de si. Nessa esteira, busca-se analisar a formação da subjetividade da feminae oeconomicus, assentada em uma arqueogenealogia foucaultiana, para uma ontologia do presente. Para isso, perscrutamos o modelo de feminae oeconomicus, a fim de apreender suas permanências e rupturas, assente em uma materialidade discursiva, encontrando pontos de intersecção; discutimos sobre a modelagem de si através da mídia, em uma gestão do self, para um governo e vigilância dos corpos; e identificamos pontos de dispersão, rotas de fuga, para uma nova arte do viver. O ponto de partida surge como um vislumbre, tendo em vista o estudo realizado por Rago (2019b), que nos indica uma lacuna na produção da subjetividade de uma identidade feminina tradicionalmente valorizada. Seguindo a sua prescrição, investigamos a construção da subjetividade da feminae oeconomicus em uma análise do neoliberalismo (Dardot; Laval, 2016), questionando a posição da mulher em uma perspectiva econômica (Federici, 2017, 2019; Marçal, 2022; Oksala, 2019; Saffioti, 2013), não para um empoderamento, mas por uma autêntica emancipação. Dividido em três etapas, o estudo interpõe a prática analítica aos pressupostos teórico-metodológicos, transitando pelos vieses da mídia, em seus espaços gendrados (Lauretis, 1987), nos jornais, nas revistas, nos anúncios publicitários, nas telenovelas e nas redes sociais digitais, em uma compreensão do enunciado em sua condição semiológica. Por uma descrição do arquivo, indagamos suas formas de dizibilidade; de conservação e memória; de reativação e apropriação (Foucault, 2013a). Na jornada pelo discurso midiático que nos atravessa, encontramos um corpo banido, liberto e máquina, engendrado pelos desígnios do capital.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3943432 - JOSENILDO SOARES BEZERRA
Interna - 1841870 - LILIAN CARLA MUNEIRO
Interna - 1912232 - LIVIA CIRNE DE AZEVEDO PEREIRA
Externo ao Programa - 2310142 - AZEMAR DOS SANTOS SOARES JUNIOR - UFRNExterno à Instituição - AVELINO ALDO DE LIMA NETO
Externa à Instituição - SORAYA BARRETO JANUÁRIO
Notícia cadastrada em: 02/09/2024 13:50
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