ANÁLISE SITUACIONAL DA PRODUÇÃO DE CARNE OVINA NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
carcaça, cadeia produtiva de carne, produção de carne ovina, ovinocultura de corte.
Entender a cadeia da carne ovina no Rio Grande do Norte é base para a melhoria da qualidade da carne produzida e da sua comercialização no mercado formalizado. A produção de carne ovina possui obstáculos que precisam ser entendidos para que sejam solucionados, como: animais de baixa qualidade zootécnica, o abate de animais com idade avançada, abatedouros com infraestrutura sanitária insuficiente, impossibilitando a regularização perante os serviços de inspeção oficial. O objetivo do trabalho de pesquisa foi avaliar a infraestrutura de abate e o rebanho abatido, nos seis principais abatedouros localizados no Rio Grande do Norte. Ao todo, 335 animais foram avaliados quanto ao peso vivo, sexo, idade aproximada ao abate, ECC, peso de carcaça, rendimento de carcaça e destinação comercial da carne. Verificou-se que não existe um padrão racial definido para os animais destinados ao abate. A média do escore de condição corporal (3,0) é baixa e a idade média de 14,8 meses é alta para animais destinados ao abate. Sobre o sexo, 55,5% dos animais abatidos são fêmeas, indicando o baixo desfrute e comprometendo a reposição dos rebanhos. Constatou-se ainda, que os abatedouros selecionados para a pesquisa não apresentaram infraestrutura e condições sanitárias adequadas, sendo considerados irregulares do ponto de vista da fiscalização sanitária, acarretando em dificuldades na comercialização da carne ovina no mercado formal. Conclui-se que os ovinos destinados ao abate no Estado do Rio Grande do Norte não possuem padrão racial definido e apresentam idade e escore de condição corporal que não se adequam à produção de carne no padrão qualitativo esperado pelo mercado, o que compromete a consolidação da cadeia produtiva da carne ovina.