Determinantes da Microcefalia no Nordeste: uma análise econométrica-espacial para a epidemia de 2016
Microcefalia; Nordeste; Econometria espacial; AEDE; Tobit
Embora ainda seja pouco comum, vem sendo cada vez mais necessário analisar fenômenos ligados a saúde sob uma perspectiva multidisciplinar, de modo a captar seus diversos aspectos e determinantes. As inter-relações entre fenômenos relacionados a saúde e fatores provenientes das ciências sociais aplicadas são indicadas desde a Idade Antiga e vem sendo cada vez mais exploradas em pesquisas empíricas. Logo, o presente estudo busca analisar o impacto dos principais determinantes da epidemia recente de microcefalia, bem como sua distribuição no espaço. De modo a identificar a presença de padrões de associação, verificar quais são os principais determinantes que afetam a incidência da doença e analisar o efeito individual desses, bem como possíveis efeitos transbordamento. A pesquisa tem como recorte geográfico, a região Nordeste, no ano de 2016. Para tanto, será utilizado, como instrumental metodológico, técnicas de econometria espacial, como a Análise Exploratória de Dados Espaciais (AEDE) e o método Tobit com dependência espacial. Espera-se que os resultados evidenciem a relação entre o fenômeno em questão e os determinantes, contribuindo com a compreensão do mesmo, de modo a auxiliar na elaboração/avaliação de políticas públicas por parte das autoridades.