ALOCAÇÃO DE TRABALHO ENTRE AS ATIVIDADES AGRÍCOLAS E NÃO AGRÍCOLAS NO MEIO RURAL DO NORDESTE: UMA ANÁLISE DOS EFEITOS DOS PROGRAMAS DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA.
ATIVIDADES NÃO AGRÍCOLAS, TRANSFERÊNCIAS DE RENDA, ALOCAÇÃO DE TRABALHO.
Este projeto de pesquisa propõe analisar os determinantes da participação e da alocação de horas de trabalho, dos residentes rurais da região Nordeste, nas atividades não agrícolas, com ênfase na influência das transferências de renda dos programas sociais. Para alcançar esse objetivo será aplicado o modelo double hurdle, que consiste em associar a decisão de participar no mercado de trabalho não agrícola com a decisão da quantidade de horas de trabalho alocadas nessas atividades. Nessa abordagem estima-se um probit associado às variáveis que influenciam a decisão de trabalhar em atividades não agrícolas e um modelo tobit associado às variáveis que impactam na decisão de alocação de horas nessas atividades. A base de dados é da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicilio (PNAD), do ano de 2006. Procura-se relacionar essas decisões as características das pessoas - gênero, idade, anos de estudo-, e as características dos domicílios - número de componentes, de aposentados, e do acesso às transferências de renda. Espera-se que algumas características tenham uma influência positiva sobre a probabilidade de participação nas atividades não agrícola. Por exemplo, mais anos de estudo aumentam as chances de participação no mercado de trabalho não agrícola, conforme Mathse e Young, (2004), e quanto maior a idade das pessoas, e, assim, mais experientes, também aumentaria essa probabilidade de participação, Sanchez (2005). Outras variáveis podem apresentar efeitos negativos na probabilidade de participação tais como as transferências de renda, Matshe e Young (2004).